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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

RUMO A NOVA YORK




   Bailarina londrinense Fernanda Massi venceu um importante concurso na Argentina e, agora se prepara para ir aos Estados Unidos

   Técnica, disciplina, preparo emocional e muita determinação. Estas são algumas características da bailarina Fernanda Massi, que acaba de integra o time de vencedores do Valentina Koslova International Ballet Competition (VKIBC), festival anual que ocorre na Argentina. A vitória de Fernanda garantia sua participação em um evento mundial de Nova York no próximo ano, e entre os brasileiros escolhidos para representar o país, a menina de 15 anos foi a única escolhida do Paraná.
   Fernanda é aluna da Escola de Ballet Karina Rezende. A professora Karina comenta que o processo de peneira do BKIBV durou sete dias com eliminatórias diárias. Dentre os dez escolhidos para ir aos EUA, apenas 4 são brasileiros, sendo os demais de São Paulo.
   “Para participar dessa competitiva ela precisou ser escolhida antes, então o fato de ter sido pré-selecionada já havia nos deixado bastante felizes e com uma expectativa grande. Foram sete dias bem puxados e havia aproximadamente 70 concorrentes”, comenta Karina.
   A jovem Fernanda pratica balé desde os quatro anos de idade, mas foi aos 11, quando participou de uma edição do  Festival de Dança de Joinville, que a decisão de seguir carreira falou mais alto. “Fiquei  apaixonada. Lá foi muito diferente, com todas as meninas produzidas, grupos cheios, cenário. Todo dia vendo isso fez meu coração ficar mais  apaixonado por este caminho”, relembra a bailarina.

   COMPETIÇÕES

   Há mais ou menos dois anos a professora Karina resolveu motivar Fernanda, introduzindo a jovem em competições e festivais pelo Brasil, para circular e ganhar experiência. Karina conta que a própria mãe da moça pediu ajuda à escola estimular ainda mais o talento. “Nesse tempo  a gente teve um total de 15 prêmios na primeira temporada e, em 2015, mais 50 prêmios.  Desse número, 35 são exclusivos da Fernanda, para se ter ideia do quanto ela tem força. Por onde passa, recebe elogios de jurados e olheiros costumam se impressionar”, ressalta Karina Rezende.
   Aos 15 anos, Fernanda se diz uma adolescente normal, mas muito responsável. Ela não imagina sua vida mais sem o balé. A conquista na Argentina lhe deixou muito feliz e satisfeita. “Cheguei pensando que fosse ser  reprovada porque o nível era muito alto. Quando veio o resultado positivo, fique muito emocionada”, afirma. A jovem acredita que o balé tem contribuído não só com a habilidade técnica ou estrutura física, mas de modo geral ela se vê com mais disciplina e organização.
   Sobre dividir o tempo entre ensaios (que às vezes duram até oito horas diárias) e a escola, Fernanda explica que acabou de terminar o primeiro ano do ensino médio e que, por conta das provas, às vezes fica pesado.
   “Tudo tem horário e quando tenho de faltar por viagens ou compromisso do balé  acabo recuperando o conteúdo depois. É preciso ser bastante organizada”, declara.
   Dentro do balé clássico, Fernanda diz que gosta muito quando participa de competições e festivais,  e que o desafio maior são os treinos. “Depois do esforço, é muito legal se apresentar, buscar fazer o melhor no palco e esperar o resultado”.

   APOIO

   O sonho da jovem bailarina é fazer parte de um grupo profissional. Ela tem total apoio da mãe, mesmo se tiver de sair de Londrina. Depois da participação na Argentina, as duas agora correm contra o tempo e, juntamente com a professora, procura apoio financeiro para a viagem a Nova York. Enquanto isso, Fernanda se mantém estudando, treinando e admirando aquelas que inspiram o seu dia a dia como a ucraniana Svetlana Zakharova e a argentina Marianela Núñez. (RENATA CABRERA
jornalismo@jornaldelondrina.com.br  página 16, cultura, DANÇA, segunda-feira, 14 de dezembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA).

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