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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O YOUTUBER DE GAMES MAIS FAMOSO DO PAÍS



Aos 19 anos, londrinense integra o seleto grupo de brasileiros com mais de 1 bilhão de acessos no YouTube

   Antiga biblioteca da família, um dos quartos do apartamento no Centro de Londrina, se transformou no estúdio de onde o youtuber Pedro Afonso Rezende Posso, de 19 anos, o Rezende Evil, transmite para o mundo as histórias que inventa usando o jogo Minecraft. É lá, também, que ele grava a maioria dos episódios para o canal que o alçou à condição de celebridade. Com quase 5 milhões de inscritos, conquistou um público formado principalmente por crianças e pré-adolescentes que se encantou com os roteiros baseados no jogo. O londrinense integra o seleto grupo de youtubers brasileiros com mais de 1 bilhão de acessos. O canal Rezende Evil é reconhecido pelo YouTube como o maior do Brasil na área de games. 
   De olho em seguidores mais velhos, Pedro também grava vídeos baseados na própria rotina, com participação ativa do irmão João Vitor, de 14, e dos pais Joelma Ribeiro Rezende e Marcos Afonso Posso, grandes incentivadores do trabalho do filho. Recentemente, levou a linguagem dos jogos para uma mídia mais antiga, através do lançamento do livro “Dois mundos, um herói – uma aventura não autorizada de Minecraft”, pela Cia das Letras. 
   Antes de se tornar celebridade no YouTube, Pedro – que estudou a vida inteira no mesmo colégio de Londrina e tinha uma vida típica de adolescente de uma grande cidade de interior – tentou carreira como jogador de futebol. Praticante do esporte desde a infância, este palmeirense foi convidado a jogar futsal em um time da Itália, onde, aos 17 anos, integrou a equipe do Real Rieti, na cidade de mesmo nome.
   “Nesta época eu tinha o canal no YouTube com mais de 200 mil inscritos, mas era secundário na minha vida. Eu treinava futebol o dia inteiro”, conta ele, que até chegou a gravar na Itália, mas com muita dificuldade por falta de acesso à internet. De volta a Londrina para uma temporada, passou a se dedicar aos vídeos e viu o Rezende Evil crescer mais que o atleta de futsal. “Aí não valia mais a pena voltar para a Itália”, acredita. 
   O hobby se tornou a principal ocupação de Pedro, que aprendeu sozinho e gravar e editar vídeos de Minecraft. A inspiração, conta ele, vem da própria imaginação e também de filmes e séries que assiste. O pai, médico em Londrina, é um grande fã de quadrinhos de super-heróis e também ajuda o rapaz com alguns roteiros. Ele e a esposa, aliás, acompanham o filho em todos os eventos e compromissos que apareceram depois do sucesso.
   Tímido e caseiro, o youtuber de games mais famoso do Brasil se considera perfeccionista e enfrenta uma rotina de trabalho de 16 horas por dia, em média, para garantir a postagem de pelo menos três vídeos inéditos diariamente. “Como viajo bastante, preciso deixar meus vídeos prontos para manter a constância das postagens. Sei que os meus fãs são crianças, por isso tenho cuidado com a linguagem e também procuro não fazer nada que possa influenciar de forma negativa”, avisa.
   Apesar de morar em Londrina, acaba reservando os momentos de diversão para os períodos em que está em São Paulo. “Aproveito quando estou em casa para grava”, conta ele, que gosta principalmente de ir ao cinema e assistir futebol. Quando está em locais públicos, Rezende é frequentemente abordado por crianças que se emocionam ao encontrar o ídolo. Com paciência, ele atende e posa para fotos com todos. 
   O dinheiro que ganha graças às visualizações e veiculações de anúncios pelo YouTube é administrado integralmente pelos pais, que pagam um “salário” e guardam o que sobra planejando o futuro dos dois filhos. “Não comecei a fazer vídeos pensando em dinheiro e continuo do mesmo jeito. Minha empolgação é o trabalho”, antecipa Pedro, que ainda é muito jovem, mas tem metas a cumprir. “Quero que meu canal cresça e chegue a dez milhões de inscritos no ano que vem. Meu objetivo é ser o maior youtuber do Brasil e expandir meu canal para o mundo.”, planeja. (FONTE: CAROLINE AVANSINI - Reportagem Local , suplemento  LONDRINA 81, páginas 22 e 23, 10 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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