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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

ÉPOSSÍVEL VENCER A CRISE SEM MUDAR?



   A inadimplência entre os brasileiros deve continuar em alta a partir de 2017. A tendência é mostrada como resultado de uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Birôs de Crédito (ANBC), grupo que foi criado recentemente pelas maiores empresas desse segmento. Segundo a entidade, até outubro deste ano 59 milhões de consumidores estavam com os seus CPFs comprometidos, ou seja, eles estavam impedidos de obter crédito. Juntos, esses inadimplentes somavam R$ 255 bilhões em dívidas em atraso (30 a 60 dias) com bancos (financiamento de carros, imóveis, entre outros), ou contas de luz, água, telefonia ou débitos no varejo. De mês a mês, o número de devedores sobe, em consequência do desemprego, da inflação e da recessão. No final de agosto, eram 57,2 milhões de pessoas que tinham o nome no cadastro de inadimplentes. Naquela época, eles somavam dívidas de  R$ 246 bilhões.
   Outro sinal que a inadimplência ainda pode ficar mais alta é que os cinco maiores bancos brasileiros já aumentaram as suas provisões para perdas com calotes, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Essa informação consta nos balanços divulgados pelas instituições financeiras. No terceiro trimestre de 2014, a provisão era de 51% passando para 5,8% no mesmo período de 2015. Isso significa que 5,8% do crédito emprestado pelos cinco bancos não serão pagos.
   Em um momento de instabilidade, conselhos surgem de todos os lados e o primeiro desafio para quem está em dificuldade financeira é justamente decidir qual caminho seguir. Todo mundo já ouviu a história do copo meio cheio/meio vazio. Também já deve ter assistido a uma palestra em que o consultor lembra um dos mais famosos ícones da autoajuda, a informação de que o ideograma chinês para “crise” é formado pela junção das palavras “perigo” e “oportunidade”. O que no velho e bom português pode ser entendido como “pegue o limão e faça uma boa limonada”. O fato é que tanto o Brasil quanto o brasileiro, não podem simplesmente passar por uma crise política e econômica como a atual sem que alguma mudança (para melhor) aconteça. Mudança que pode vir na forma de novos hábitos de consumo, do despertar para o empreendedorismo ou de uma melhor consciência política. ( FONTE: Página 2, FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br  terça-feira, 8 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA.

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