Páginas

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ENFIM, O IMPEACHMENT



   A trégua entre Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados parece ter chegado ao fim. Em um jogo de “toma lá dá cá”, conveniente para ambos os envolvidos, e que durou meses, ontem o presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deflagrou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os motivos para a abertura di trâmite contra Dilma são inúmeros, mas Cunha prosseguiu com o seu método: resposta do posicionamento de deputados petistas a favor do prosseguimento do processo de cassação de seu mandato.
   Trata-se de uma forma de pressionar o governo, uma vez que a votação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados está marcada apenas para terça-feira. Importante lembrar que nenhum  dos envolvidos têm qualquer credibilidade. Cunha está diretamente envolvido nas investigações da Operação Lava Jato, enquanto há fortes suspeitas de favorecimento da campanha a reeleição da presidente por desvio de dinheiro da Petrobras. Por enquanto não foram apresentadas provas contundentes.
   Nas últimas semanas as discussões dentro do PT em torno do rompimento com Cunha tinham se intensificado. A avaliação era que o desgaste seria maior ao manter a aliança com o presidente da Câmara. No entanto, ao decidir apoiar  processo de cassação do mandato de Cunha, os petistas acabaram por entregar Dilma à própria sorte. A presidente precisa de 171 votos dos 513 na Câmara para barrar o processo de abertura do impeachment, mas não há como negar que a prisão do senador Delcídio do Amaral( PT –(MS), a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e a crise econômica pesam contra a presidente.
   O problema é que essa crise econômica pode aprofundar ainda mais a recessão econômica. Um processo lento e a guerra institucional entre os poderes é prejudicial para o País. A presidente perdeu a credibilidade há tempos e a população não pode aceitar uma mandatária que foi beneficiada por um grandioso esquena de corrupção. Assim como um presidente da Câmara na mesma situação. ( FONTE; FOLHA OPINIÃO opinião@folhadelondrina.com.br  página 2, quarta-feira, 3 de dezembro de 2015, pu
blicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário