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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

DESENVOLVIMENTO DA VACINA CONTRA HIV AVANÇA



   OSLO – Uma empresa norueguesa de biotecnologia que trabalha em uma vacina contra o HIV anunciou os primeiros resultados animadores no marco de um tratamento que pretende desalojar e posteriormente eliminar o vírus do corpo dos soropositivos.
   “É uma grande vitória para encontrar uma cura funcional para o HIV”, explicou na última terça-feira à AFP o porta-voz da Bionor, Jorgen Fischer Ravn.
   Atualmente, os tratamentos antirretrovirais permitem controlar o vírus nos pacientes soropositivos, mas não de se desfazer dele definitivamente. 
   O HIV permanece alojado no corpo das pessoas submetidas a tratamentos, em forma latente, mas volta a aparecer no momento no qual é interrompida a medicação. 
   Esta reserva viral é um dos maiores obstáculos par a elaboração de um tratamento que permita garantir uma cura completa. 
   O experimento realizado pela Bionorna Universidade d Aarhus, na Dinamarca, em 20 pacientes soropositivos permitiu desalojar o vírus inativo na reserva graças ao medicamento romidepsin, um anticancerígeno, e depois eliminá-lo parcialmente. 
   Cada paciente havia sido vacinado previamente com Vacc-4x, desenvolvida pela Bionor. Após ativar o vírus, o que normalmente deveria acarretar a detenção do mesmo no sangue, a Vacc-4x eliminou células que o produzem levando-as a “um nível indetectável ou muito baixo no sangue, em 15 dos 17 pacientes” que participaram do estudo até o final, informou Fischer Ravn.
   A estratégia de “acionar” o vírus inativo, expulsá-lo e eliminá-lo, conhecida em inglês como “kick and kill, parece promissora, contudo, os experimentos realizados pela Bionor ainda não foram validados, nem publicados por uma revista científica. 
   Com mais de 34 milhões de mortos até agora, o HIV, vírus responsável pela aids, continua sendo um grande problema para a saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No fim de 2014, 36,9 milhões de pessoas no mundo viviam com o HIV. ( FRANCEPRESSE, FOLHA SAÚDE, 28 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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