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sábado, 14 de novembro de 2015

ROBÔ ENSINA INGLÊS E MATEMÁTICA PARQ CRIANÇAS



   Escola de Rolândia é a primeira do País a  implementar projeto de ensino lúdico desenvolvido por empresa  de telecomunicações da Coreia do Sul

   Pequeno, simpático, falante. Assim é Albert, um robozinho que vai auxiliar os alunos da Escola Municipal Maria do Carmo Campos, em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), no aprendizado de inglês e matemática. Ele é uma ferramenta do projeto Smart Robot Coding School, desenvolvido pela empresa de telecomunicações sul-coreana SK Telecom e que começa a ser implantado no Brasil.
   Rolândia é a primeira cidade brasileira a receber o projeto, que também será implantado na Escola Municipal da Vila Brasil, em Londrina, e nas cidades de Primeiro de Maio (Região Metropolitana de Londrina) e Terra Rica (Noroeste). Com o Smart Robot, os professores poderão ensinar matemática de maneira lúdica, aproveitando a tecnologia dentro da sala de aula.
   Além do Albert, os professores vão poder contar com material didático como livros, jogos e tapetes interativos. Os materiais se conectam ao robô por meio de um smartphone.  “A ideia é fazer as crianças voltarem para o livro. Elas têm a interação com a tecnologia, mas sempre voltam para o livro”, comentou Hélio Henrique de Camargo, responsável pelo programa da SK Telecom no Brasil.
   O projeto começou na Coreia do Sul há dois anos, já está sendo utilizado poe escolas da China e Espanha e ainda deve ser implantado em outros países da América do Sul . A empresa sul-coreana firmou um termo de compromisso com a Sercomtel para, futuramente, implantar a telefonia 5G em Londrina, segundo Camargo. “A intenção da empresa é incentivar a educação no Brasil para mostrar que somos eficientes”, ressaltou.
   De acordo com Camargo, a sul-coreana percebeu a dificuldade de encontrar profissionais fluentes em uma segunda língua, por isso aposta no aprendizado desde criança.  “Estamos  investindo no desenvolvimento do inglês e da matemática. Temos dificuldades de encontrar profissionais com uma segunda língua e com conhecimento da matemática. Quem sabe não estejamos formando futuro colaboradores da SK Telecom”, disse Camargo.
   Albert deve entrar na sala de aula só no ano que vem. Agora em novembro e dezembro, os professores serão capacitados para dominar os recursos que o robô oferece. “Os professores serão treinados e poderão levar o robô para casa para brincar e aprender”, explicou Eduardo Kim, representante da SK Telecom no Brasil.    
   O robozinho fez sucesso ontem entre os alunos que participaram da aula inaugural. “Achei  ele muito legal. A gente pode guiar ele com a mão. Vai ser bem legal aprender com ele”, disse João Pedro Gabriel, de 7 anos, aluno do 1º ano do Ensino Fundamental. O menino contou que gosta de aprender inglês e até já pediu para a mãe para fazer um curso de línguas. “Eu queria ter mais aulas para aprender mais”. Os colegas Joaquim Rodrigo Alves Macedo e Felipe de Oliveira de Jesus, ambos de 6 anos, também do 1º ano do Ensino Fundamental, ficaram eufóricos com a ideia de utilizar o robô nas aulas de inglês.
   A ansiedade também é grande entre os professores da escola. “Estamos  todos ansiosos. Vamos conhecer o material e os professores terão curso de treinamento”, falou Sandra Alves da Silva, diretora da Escola. A Maria do Carmo tem 570 alunos matriculados na Educação  Infantil e no Ensino Fundamental. Os estudantes têm aulas de inglês uma vez por semana. A escola também foi a primeira a receber laboratório de informática.


   ENSINO DE INGLÊS


   Para a Secretária de Educação de Rolândia, Rosilene Moloni Moreira, a implantação do projeto Smart Robot Codign School vem complementar o trabalho em sala de aula. “O mundo tecnológico já está dentro da escola. As crianças já têm acesso aos celulares e outras tecnologias. E um robô que interage com os alunos vem auxiliar no ensino”, disse.  
O  O ensino da língua inglesa deste a educação infantil é obrigatório em Rolândia. Em 2010, foi aprovada a lei municipal que implantou a disciplina em todas as escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) até o 5º ano do Ensino Fundamental. Antes já era incluída no currículo a partir do 6º ano Fundamental. “Entendemos que as crianças desta faixa etária têm mais facilidade para aprender uma outra língua. E como muitos os nossos alunos não têm condições de estudar inglês fora da escola. Est é uma oportunidade de aprendizado”, enfatizou Rosilene. Quando a lei foi aprovada, o município proporcionou formação continuada aos professores de língua inglesa. ( ALINE MACHADO PARODI – REPORTAGEM LOCAL, página 3, FOLHA CIDADES, quinta-feira, 12 de novembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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