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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PEQUENAS CIDADES TÊM MELHORES OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS




   Segundo novo sindicador, no top 10 do Paraná só há municípios com menos de 50 mil habitantes

   Um indicador educacional criado em outubro pelo Centro de Liderança Pública mostra que há mais chances de se obter boas oportunidades de aprendizado longe dos grandes centros urbanos brasileiros. Contrariando o que a maioria das famílias brasileiras supõe – que as melhores escolas e profissionais estão nas grandes cidades -, o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb) aponta que os menores municípios conseguem proporcionar melhores condições de educação para suas crianças e adolescentes. 
   Conforme o Ioeb, no Paraná, o município que oferece melhores oportunidades educacionais é Bom Sucesso do Sul, com 3,2 mil habitantes. A pequena cidade localizada na região Sudoeste aparece com 5,8 pontos, de 10 possíveis. 
   Compõem ainda o pódio paranaense Sertaneja, em segundo lugar, com 5,5 pontos, e Bom Jesus do Sul , com 5,4. No top 10 estadual só há municípios com menos de 50 mil habitantes – Medianeira é o mais populoso, com pouco mais de 40 mil. 

   Indicadores diversos

   Londrina aparece na posição 1.035º, com 4,9; atrás de Maringá, 963º e índice 5,0; Cascavel, 581º e índice 5,1 e Foz do Iguaçu , 152º . índice 5,3.  Curitiba aparece em 1600º lugar, com 4,8. No ranking nacional, a capital ocupa a posição 1.600.
   Para chegar ao ranking, o Ioeb considera diversos indicadores já existentes, divididos em duas categorias: os de resultado (que mensura os resultados obtidos pelo processo educacional) e os de insumo (que avaliam as condições em que esse processo se dá).
fundamental e pelo número de alunos matriculados no ensino médio em idade adequada. O segundo inclui a oferta de vagas na educação infantil, jornada escolar, escolaridade dos professores e experiência de diretores. O cálculo ainda considera a formação dos pais.


   Boas práticas

 De acordo com Luana Tavares, diretora executiva do Centro de Liderança Pública, entidade que desenvolveu o índice , o Ioeb não mostra !quais são as cidades que possuem o melhor ensino”, mas sim quais, considerando a capacidade do gestor público, fazem mais pela educação em sua cidade.
   “Em municípios pequenos é mais fácil unificar e universalizar boas práticas e políticas públicas de educação com um pouco de investimento.  Nas  grandes cidades padronizar essas estratégias e fazer com que elas cheguem a toda a população é um desafio maior.” Pondera Reynaldo Fernandes, criador do Ioeb.


   De 0 a 10

   A escala utilizada pelo Ioeb  vão  de 0 a 10. A nota média do Brasil é de 4,5. Entre os dez municípios brasileiros mais bem avaliados pelo índice, todos possuem menos de 150 mil habitantes. Entre os grandes centros, São Paulo é a primeira capital a aparecer, na 1.387ª posição, co nota 4,8.

   ÍNDICE DE OPORTUNIDADES

O índice se propõe a avaliar quais municípios e estados oferecem as melhores condições de educação para crianças e adolescentes.

RANKING DOS ESTADOS IOEB


1ª São Paulo 5,1
2º Minas Gerais 5,0
3º Santa Catarina 5,0
4º Paraná 4,9
5º Ceará 4,6

RANKING CIDADES PARANAENSES

Curitiba ficou em 1600º no ranking e em 2º no ranking de capitais

IOEB
6º Bom Sucesso do Sul 5,79
46º Sertaneja 5,46
48º Bom Jesus do Sul 5,44
56º Realeza 5,43
58º Ribeirão Claro 5,43

   Receita

   Corpo docente bem remunerado

   Qual é a receita das pequenas cidades para criar as melhores condições educacionais? A diretora municipal de educação de Bom Sucesso do Sul, Cleudete Nicelle, acredita que a fórmula seja um corpo docente especializado e bem remunerado – todos os professores da rede municipal recebem uma bonificação de 40% como forma de incentivo para continuar estudando. “Apenas um dos professores do nosso corpo docente não tem especialização”, disse. Mas a diretora reconhece que o tamanho diminuto da cidade contribui: com uma média de 45 nascimentos por ano, a rede municipal consegue oferecer todas as vagas necessárias. Hoje, Bom Sucesso do Sul conta com 23 professores e duas escolas na rede municipal para atender 320 alunos. Já a rede estadual é composta por uma escola, 33 docentes e 298 estudantes. O mesmo acontece em Sertaneja. Somando rede municipal e estadual, a cidade de 5,8 mil habitantes possui pouco mais de 1,3 mil alunos matriculados em dez escolas ( sete do município e três do estado). De acordo com o secretário municipal de educação, Dennys Dias, a pasta consegue realizar avaliações pedagógicas periódicas e investir na formação continuada do corpo docente – dos 76 professores concursados do município, apenas quatro não possuem especialização (CP). FONTE: CAROLINE POMPEO/GAZETA DO POVO, página 10, geral, APRENDIZADO, fim de semana, 7 e 8 de novembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA).

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