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terça-feira, 8 de setembro de 2015

DE VOLTA Á TERRINHA

  
     


   Depois de quase uma década vivendo em Londres, fotógrafo londrinense retorna à cidade cheio de novos projetos.


   A tal crise dos sete anos, tão temida pelos casais, ablou as relações do fotógrafo londrinense RAFAEL BASTOS com a cidade de Londres. Foi quando ele primeiro ensaiou voltar para o Brasil, cerca de dois anos atrás. O que não deu certo naquela época, se transformou em realidade no final de 2014. “ A vida me trouxe de volta para cá “, afirma.
   Foram quase 10 anos morando na Europa, nove deles na capital da Inglaterra. Formado em jornalismo, Bastos trabalhou pouco mais de um ano na área até que decidiu buscar novas experiências no Velho Continente. “ Queria ter outras experiências tanto de vida quanto profissionais “, lembra. Escolheu a Irlanda como ponto de partida para as aventuras europeias e de lá deveria ter seguido para a Espanha, para uma pós-graduação, que nunca chegou a fazer.
   Um desvio o levou para Londres e foi lá que desenvolveu seu lado fotógrafo, “ as oportunidades foram surgindo “. Quase uma década depois, Bastos não só voltou para casa como se instalou em um dos endereços ícones d fotografia paranaense, o estúdio do Caximbo  ( o fotógrafo Airton Procópio dos Santos , falecido em 3013). “ Foi com o Caximbo que tive o primeiro contato com a fotografia. Ele foi sócio do meu pai e eu, ainda criança, ajudava na hora de medir a luz no estúdio “, lembra o fotógrafo.
   No retornoa Londrina, Rafael Bastos tem diferentes focos para sua fotografia. Em deles pe uma empresa especializada em fotos de produtos (still) para catálogos e e-commercee  outro uma galeria virtual com fotografias autorais e a chamada street photohraphy.
   “ Vamos partir do meu material e a curto prazo vamos agregar fotógrafos locais. Já estamos fazendo “contato”,  explica Bastos. O pré-lançamento da galeria virtual é uma exposição em cartas na Vectra Store com imagens de Londres feitas exclusivamente para a mostra. “ Estive lá em abril e passei três meses , conta o fotógrafo, que ainda tem uma série de trabalhos agendados por lá. Em novembro, segue novamente para a Inglaterra.
  Outro foco é o trabalho como fotógrafo freelancer. “ Meu esforço profissional é em Londrina e região “, avisa Bastos, que tem  um portfólio amplo e diversificado. Seus trabalhos incluem desde a cobertura das Olimpíadas de Londres (2012) a flagras de streetstyle para a revista Vogue Brasil durante os desfiles de da London Fashion Week.
   Versátil, o fotógrafo vai da moda ao s eventos corporativos, que por sinal  o levarm ao Catar, entre outros países, principalmente na Europa. No currículo, Bastos tem a participação como finalista do concurso Renaissance , em que concorreu com colegas de 72 países. Em novembro, ele volta a Londres para um mês de cliques. “ Ainda tenho clientes lá e, agendando com antecedência, consigo fazer “, explica.
   “ Estou em fase de adaptação em todas as vertentes “, conta o fotógrafo, que ainda se espanta com a burocracia daqui. “ O contraponto é o lado da amizade, da família “, lista, equilibrando as vantagens do retorno. “ Mesmo na cidade mais cosmopolita do mundo, ainda há uma barreira cultural , sempre me sentia um estrangeiro “. Ele ainda enfatiza  “ a espontaneidade de sair para encontrar um amigo sem ter que marcar com uma semana de antecedência”, diverte-se.
   Com o projeto da galeria virtual, Bastos pensa não só em  direcionar seu material autoral – “ são milhares de imagens feitas na Europa, norte da África, Oriente Médio e Brasil “ – como também quer agregar e organizar o mercado da região. “ Percebi que não tinha nada parecido por aqui “, conta. A ideia é relacionada à decoração e mira em colecionadores e hotéis. “ Também estamos vendo parcerias com arquitetos locais “, adianta.
   “ Ainda estou no processo de organizar meu material “, conta Bastos, que não descarta até  mesmo um retorno à música.  “ Guardo ‘a’ guitarra , enfatiza, sobre o instrumento que o acompanhou nos shows da banda Maquinaria. Naquela época, ele não pensava  em jornalismo, muito menos na fotografia. Mas para os amigos, a boa notícia é que o “Terrinha” está de volta .E cheio de planos. ( KARLA MATIDA – REPORTAGEM LOCAL. Página 1, FOLHA GENTE, domingo, 30 de agosto de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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