Páginas

terça-feira, 8 de setembro de 2015

CAXUMBA PODE SER MAIS PERIGOSA ENTRE OS ADULTOS


   Nesse faixa etária é maior a chance de o vírus se alastrar por outras glândulas do organismo, como o pâncreas, os testículos, ovário e até para a mama.
   Sabe aquela história que caxumba é coisa de criança? Novidade nenhum par os profissionais da saúde. Mas a informação pegou muita gente de surpresa, depois que o jogador Neymar pegou a doença e foi obrigado a ficar afastado dos gramados durante quase 20 dias.
   “ A suscetibilidade é a mesma entre adultos e crianças. Se o adulto não está imunizado, desenvolve a doença”, explica o infectologista do Hospitl Marcelina Champagnat, em Curitiba, Sergio Penteado.
   Mas a doença pode, sim, ser mais severa entre adultos, “porque a criança tem resposta  imunológica básica”, alerta o médico. Significa que nesses pacientes o vírus – que geralmente ataca as glândulas parótidas, salivares – tem maior chance de se alastrar por outras glândulas do organismo, como o pâncreas, os testículos, ovário e até para a mama.
   É em função desses casos mais graves que surge a noção de caxumba como causa de esterilidade. “ É raro,  mas pode acontecer se for uma inflamação tão forte que atinja estas células”, explica a pediatra Marion Burger, do Centro de Epidemiologia da SMS.
   SINTOMAS
   A caxumba é causada pela penetração do vírus Paramyxo – vírus nas glândulas corporais. O ataque ao organismo pode ser de forma citopática – quando o vírus destrói a célula – ou quando o organismo se “autodestrói” ao colocar o sistema imunológico em ação.
   Como as glândulas mais suscetíveis ficam na área da mandíbula – o principal sintoma da doença é o inchaço nesta região. O paciente ainda sente dores no corpo, dificuldade para deglutir (por conta da baixa produção de saliva) e febre, que não costuma ser muito alta ( em geral entre 37,5ºC e 38ºC).
   TRATAMENTO
   Não há vacina ou tratamento antiviral que combata  o vírus da caxumba uma vez que ele se instale no corpo. Por isso, o melhor tratamento é descansar, para permitir que o próprio sistema imunológico se encarregue de controlar a doença.
   Em geral, os médicos receitam medicamentos para tratar sintomas, ou seja, analgésicos – para diminuir as dores – e antitérmicos – em caso de febre. Também é aconselhada a ingestão de alimentos líquidos ou pastosos, que não exigem tanta produção de saliva, psra não sobrecarregar as glândulas salivares.
               CACHUMBA PASSO A PASSO

   Saiba como identificar e se proteger da caxumba, doença viral que ataca as glândulas salivares 

CONTATOS - Contato direto  - Beijos, abraços, apertos de mão. Começa a transmitir desta forma dois dias antes  de iniciados os sintomas. 
Contato indireto - Contato com superfícies, panos, objetos que tenham estado em contato com o sujeito infectado. Ocorre por meio das secreções da pessoa doente, que carregam o vírus.
SINTOMAS - Mal estar, dores no corpo ; Febre leve ( geral 37,5ºC , 38ºC ; Dor e inchaço na região das glândulas salivares ; Dificuldade de deglutir ( devido à ausência de saliva). 
PREVENÇÃO - Vacina tríplice viral  (protege contra caxumba, sarampo e rubéola): duas doses após um ano de vida; Evitar contato com pessoas doentes/ pessoas doentes evitarem aglomerações públicas; Lavar as mãos antes de comer, após andar de ônibus e pegar em objetos. Pode ser álcool em gel também.
TRATAMENTO - REPOUSO: para permitir que o corpo combata o vírus e impedir que a doença se alastre; ANALGÉSICO E ANTITÉRMICO : Para dor e febre; ALIMENTAÇÃO: Ingerir alimentos líquidos e pastosos, para não sobrecarregar as glândulas salivares; * Não há um antiviral (medicamento que cobata o vírus, depois que ele se instala no corpo. ( FONTE: Redação. INFOGRAFIA: Gazeta do Povo).
EXPOSIÇÃO - Nem todo vacinado está protegido.
   Muita gente que tomou vacina no final dos anos 1990 pode não saber, mas está desprotegido da caxumba. Isso porque o governo distribuiu vacinas durante os surtos de sarampo , em 1998, e de rubéola, em 2003. Era uma forma de prevenir que as doenças se alastrassem. Ocorre que muitas das  vacinas distribuídas durante os surtos eram do tipo dupla, e não tríplice viral. Quem foi vacinado nesta época, portanto, pode não ter recebido duas doses de proteção contra a caxumba, e não estar imunizado contra a doença. Além dessas pessoas desprotegidas sem saber, há muita gente que não tomou dose alguma contra as doenças, devido à crença popular de que a vacina faz mal. Esse mito é particularmente forte para a tríplice viral , uma vez que o vírus presente nessa vacina é vivo e atenuado, ou seja, enfraquecido em laboratório. É diferente da vacina contra a gripe, por exemplo, que contém o vírus morto e dividido em pedaços, explica a pediatra Marion Burger, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde. de Curitiba. Para as pessoas que evitam a vacina com medo que desencadeie alguma reação imune, como uma pequena febre, Marion manda um recado: " Se o vírus faz isso enfraquecido , imagina com ele forte?, Ou seja, é melhor um pequeno mal estar causado pela vacina do que na hora da doença.
MELHOR PREVENÇÃO AINDA É A VACINA
   A vacina é a principal forma de prevenção contra a caxumba. No Calendário Nacional de Prevenção, do Ministério da Saúde, a proteção contra a doença está presente na chamada Tríplice  Viral, que inclui ainda as vacinas contra o sarampo e a rubéola. Para estar imunizado, é preciso tomar duas doses da vacina, após o primeiro ano de idade. Até 2013, a dose de reforço era aplicada em pessoas com idade entre 4 e 5 anos. O Sistema Único de Saúde ( SUS ) disponibiliza, de forma gratuita, a vacina para pessoas de qualquer idade que naõ tiverem tomado alguma das doses. Quem já pegou caxumba está imune. Mas quem não teve a doença, mesmo vacinado tem 5% a 15% de chance de ser infectado. A transmissão se dá pelo contato direto - com a pessoa - ou indireto - com secreções. Os cuidados para evitá-la, portanto, são similares aos da gripe: lavar as mãos antes de comer e após aglomerações públicas e recorrer ao álcool em gel sempre que possível. Quem já está infectado deve evitar aglomerações públicas, uma vez que o vírus é altamente transmissível. Além disso, é contraindicado tossir nas mãos. Procure fazê-loem um pano ou om a boca virada para o ombro. A incubação dura de duas a três semanas. Nesse período, a pessoa ainda não está doente, mas já tem o vírus em seu organismo e pode transmiti-lo. ( Página 8, geral, ALERTA, publicação do JORNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 31 de agosto de 2015).

                                    

Um comentário:

  1. Informar sobre os perigos da caxumba é de interesse público. Algumas pessoas não tem acesso à informação e acabam subestimando essa doença. Também fazemos nossa parte buscando informar as pessoas neste website. Aguardamos a visita.

    ResponderExcluir