Páginas

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O DIA DO VAI



   Numa das salas de aula do glorioso Colégio São José, em Pouso Alegre ( MG ), no mesmo local onde estudaram personalidades ilustres do cenário nacional como Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, Plínio Salgado e Paulo Silva, dentre outros, nos idos de 1963, sob a regência didática da professora dona Mana, de quem eu e meu irmão Ary levamos muitas  reguadas  na cabeça ouvi em uma das suas magníficas aulas de história o conhecido “Dia do Fico”, ocorrido em 9 de janeiro de 1822. A data, como se sabe, ficou conhecida por que D. Pedro 1º, então Príncipe Regente do Brasil não acatou as ordens da Corte Portuguesa para que deixasse imediatamente a colônia.
    A Corte estava extremamente preocupada com as manifestações políticas que campeavam no Brasil Colônia em direção à emancipação política. Acreditava, ela, que o retorno do Príncipe Regente enfraqueceria as idéias de independência.
   O então Partido Brasileiro conseguiu a glória de reunir 8 mil assinaturas pedindo a permanência do Príncipe Regente no Brasil. Sensibilizado pelo carinho e apreço do povo brasileiro D. Pedro declarou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Nove meses depois, em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil, libertando-nos do jugo português e nos outorgando identidade própria como nação e país independente.
   Num manifesto extremamente importante, se disse à época que “o povo do Rio de Janeiro conhecendo que os interesses em um centro comum de idéias sobre o bem público devem ser os primeiros objetos da vigilância daqueles que estão revestidos do caráter de seus representantes, e mais convencidos de que nas circunstâncias atuais se constitui responsável para com as gerações futuras, se não manifestassem os sentimentos à vista da medonha perspectiva que se oferece a seus olhos pela retirada de Sua Alteza Real , se dirige com a última energia à presença de Vossa Senhoria, como seu legítimos representante, esperando que mereça toda a sua consideração os motivos, que neste se expõem, para se suspender a execução do decreto das Corte sobre o regresso de Sua Alteza Real para a antiga Sede da Monarquia Portuguesa”.
   Dizia-se, à época, que existia uma distância muito considerável entre o meio-dia da Europa e o meio-dia da América, e que a natureza humana e política aqui experimentava uma mudança possível e, por isso, mesmo com uma nova influência sobre o caráter de seus indivíduos, de tal maneira que precisávamos manter essa identidade sob pena de irmos para o abismo.
   A preocupação, então, era manter os ideais de povo, caráter, independência, progresso, identidade e soberania, a fim de que as gerações presentes e futuras pudessem usufruir de um país inigualável, seja pela terra, geografia, povo e conhecimento. Para tanto, clamavam pela permanência do Príncipe Regente no comando destas terras, haja vista o seu status de governante preocupado com as causas e as coisas da então colônia portuguesa.
   No próximo dia 16 teremos uma nova manifestação nacional, só que esta não é para sensibilizar o governante a ficar, mas para despachá-lo, quiçá para as terras búlgaras. Iremos caminha r contra as mazelas do governo atual. Atual não, o dos últimos 12 anos e será realizada contra os despropósitos,  a roubalheira, a infâmia, a recessão, o desemprego e uma infinidade de coisas mais.
   O povo brasileiro precisa reprisar os acontecimentos de 9 de janeiro de 1822 e pedir ao governante atual para que “pelo bem de todos e felicidade geral da nação que diga estar pronta para ir”! Que diga ao povo que vai, que suma, que deixe a nação para que todos nós dela cuidemos, pois chega de ouvir, ver e ler todos os dias a extrema capacidade deles  (PT) de destruir uma nação em apenas 12 anos!
   Vamos proclamar em alto e bom som um verdadeiro ato de grandeza, de amor ao país e ao povo. Peçam todos, ao contrário do que no passado fizeram  a D. Pedro 1º para que a atual presidente não fique. Que vá! Deixe o governo pelo bem geral da nação. 9 ALMIR RODRIGUES SUDAN, advogado em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERRTO, publicação do jornal  FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira, 7 de agosto de 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário