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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

CONSUMIDORES OU AGRICULTORES: A DECISÃO É SUA!

   
  


   A cada mês, por meio da Revista  Canção  Nova, eu e você temos a oportunidade de meditar a Palavra de Deus que é sempre viva e dinâmica. Quando acolhemos essa Palavra em nossos corações, os frutos são produzidos,  primeiro por graça de Deus e, depois pelo desejo de correspondência a essa iniciativa de amor e paciência de Deus para  com cada um de nós! Vamos, neste mês, meditar o evangelho de Marcos 12, 41-44. A leitura orante precisa de silêncio, atenção, coração aberto e nosso compromisso de concretizar na vida a mensagem do Evangelho. Você não está dispensado da leitura do Evangelho! Pegue a sua bíblia e, antes de continuar a ler esse texto, tenha seu contato pessoal com a Sagrada Escritura.
   Agora que você já leu o texto do evangelho, podemos juntos tentar refletir alguns aspectos, não todos, desse trecho que tomamos de São Marcos. A parábola contada por Jesus diz sobre uma figueira que foi plantada numa  vinha. Mesmo que esteja rodeada pela vinha, a natureza da figueira é produzir figos e não uvas. A figueira era única em meio a toda a vinha, mas isso não pode mudar sua “identidade natural”, ela permanecia uma figueira que devia produzir figos. Muitas vezes, nós deixamos que a grande maioria à nossa volta “deforme” nossa identidade, passamos a buscar ser como a maioria e traímos nossa verdadeira identidade.
   Quando o homem se dirige até à figueira à procura de figos, claro, ele não os encontra. Por três anos, ele buscou esses frutos e nada encontrou. Aí decide cortar a figueira acreditando que ela ocupa inutilmente aquela terra. Parece que era o fim daquela figueira, condenada por não dar os frutos esperados. Mas, o “agricultor” busca defender a figueira e pede ao dono da vinha que lhe dê o prazo e se compromete a cultivar e adubar aquela árvore, por mais um ano, renovando sua esperança de que ela venha a dar frutos.
   Eu e você, muitas vezes, já fizemos o papel desse senhor que vai buscar os frutos e exige encontrá-los. Entretanto, hoje, quero convidar-lhe a olhar para a figura do agricultor, que tem a coragem de se dispor a mais um ano de cultivo, “cavando em volta e pondo adubo”, cheio de esperança de que os frutos viriam. É muito mais fácil sermos os  “consumidores” dos frutos e, assim, passamos a exigi-los de todos chegando até a irritação quando nos os encontramos.  Isso acontece em muitos relacionamentos e em muitas realidades das nossas vidas.
   O grande desafio é passarmos da postura de simples “consumidores” para comprometidos “agricultores”, que se lançam com esperança e disposição para o trabalho, sabendo que, com um pouco de paciência, os frutos poderão, sim, se tornar realidade. Será que hoje na sua vida não existem pessoas e realidades que precisam de mais uma chance, de mais um pouco de tempo, antes que você resolva acabar com tudo? Você está sendo desafiado, desafiada, a assumir a postura de um “agricultor da esperança”, cavar mais fundo em direção às raízes e colocar ali um adubo que fortalecerá cada situação que você vive. Fazendo a sua parte, você ainda precisará esperar com paciência o passar do tempo, para que possamos experimentar os frutos. Afinal, o bom agricultor sabe que precisa ser amigo  do tempo!
   Antes de tomar a decisão de cortar, eliminar ou destruir alguma realidade ou pessoas de sua vida, aprenda com o paciente agricultor do Evangelho, pois sempre há esperança de que os frutos podem aparecer, mas você vai precisar se comprometer  ser mais cultivador do que um exigente consumidor. Pense nisso, reze com isso. (
PE. FABRÍCIO ANDRADE,
 Formador Geral da Comunidade Canção Nova, twitter.com/pefabriciocn  página 9 – A BÍBLIA FOI ESCRITA PARA VOCÊ, Revista Canção Nova , agosto de 2015).

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