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domingo, 12 de julho de 2015

CRIATIVIDADE E FUTURO

    


Ouvindo uma palestra do Ken Robinson, ee 2006, sobre como a escola acaba com a criatividade, quase comecei a acreditar em premonição (mas não). O que acontece é que ela já havia alertado a sociedade daquela época sobre certa “inflação acadêmica” que se instala nos dias de hoje e que é visível em qualquer lugar do mundo. 
   Naquela época, quem tinha um diploma, tinha um emprego. Hoje, quem tem um diploma, volta pra casa pra frente do computador. . É necessário ter dois ou três  diplomas para começar a se destacar no mercado.
   Isso acontece porque nossa estrutura educacional é falha (para os dias de hoje)!  Esse sistema já funcionou um dia, mas hoje as universidades estão estagnadas num sistema de produzir mais professores acadêmicos em vez de profissionais produtivos para o mercado, e se esquecem de que é pequena a parcela de alunos que fazem essa  opção. Este, com certeza, é um dos motivos da indústria da moda se encontrar no estado atual, movendo-se de cópia em cópia, em um ciclo vicioso e sem um pingo de criatividade. Tenho a impressão de que não se fazem trabalhos autorais como antes, nem com tanta freqüência, nem com tanta qualidade.
Isso acontece porque o tempo investido em experimentações não é mais levado à sério. Tudo o que fazemos é produzir, produzir e produzir. Somos cobrados a dar resultado a todo instante, mas acontece que não dar nenhum  resultado, também é um resultado! E às vezes é um resultado muito importante como parte ou início de um novo processo valioso que nos dará resultados muito melhores.
   Nunca pense que o primeiro resultado obtido é o único, ou bom o suficiente para parar. Temos que nos reeducar e aprender a gastar tempo em testes e desenvolvimentos. Ninguém acerta de primeira.
   Acredito que, se continuar neste formato, a instituição  vai-se tornar obsoleta em pouco tempo ( se é que ainda não se tornou). Talvez a minha geração seja a última a valorizar tanto esse tipo de sistema, e tomara que seja mesmo! Estamos sedentos de mais criatividade, de mais pessoas que acreditem em inovação e nas carreiras artísticas e manuais.
   Hoje, temos muito mais pessoas interessadas em fazer engenharia do que interessadas em ser pedreiros, muito mais pessoas querendo ser estilistas do que costureiras. E sabem o que vai acontecer no futuro? Ricos serão os que produzem manualmente, porque os produtores intelectuais estarão por todos os lados. Então, todo o seu investimento em tempo e dinheiro numa faculdade/universidade terá sido inútil, em vez de você realmente investir no aperfeiçoamento da técnica que faz seus olhos brilharem  e você se sentir mais útil.
   Não culpo o PT ou qualquer partido político pelo programa “universidade para todos”, culpo o “todos” por não saberem escolher e perceber se aquilo é mesmo pra gente. Nem tudo que é ofertado é proveitoso e nos fará felizes.
   O mundo seria infinitamente melhor se houvesse igualdade salarial. Cada um faria o que realmente ama, porque no fundo não existe profissão útil e inútil. Todas são de extrema  importância para a engrenagem social (ou vai me dizer que um médico não gosta de ouvir um músico quando vai a um restaurante, ou que um engenheiro não precisa de um pedreiro para realizar seus planos?).  Mas isto é  uma  outra  história...
   Resumindo, lembre-se de que aquilo que é sucesso hoje, provavelmente será brega
amanhã, e a única coisa que ão se torna obsoleta é a FELICIDADE. Então, não tente acertar, tente realizar-se.
   Curiosidade:  quase metade dos bilionários não possuem diploma! Bill Gates, Mark Zuckerberg e Michael Deli também fazem parte deste time!
   Mas não se trata de abandonar a faculdade e, sim, de seguir os seus sonhos! ( CAROLA SANTINI , Estilista da Monicollen, página 27, Atualidade | Seguir os seus sonhos...  – Sobre instituições, Revista  O  lutador, julho 2015).

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