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sábado, 20 de junho de 2015

LEMBRANÇAS EM PORTO ALEGRE


                              

Artista londrinense que está fazendo mestrado na capital gaúcha, realiza primeira individual na renomada Casa de Cultura Mario Quintana
O cheiro da terra molhada, as flores caídas no jardim e a brisa do domingo tranqüilo.  Todos esses elementos estão nas lembranças e memórias da casa dos pais, em Cambé, além de terem sido estampados no trabalho do artista plástico Emanuel Monteiro, nascido em Londrina, mas que mora em Porto Alegre, onde faz mestrado. Lá, na capital gaúcha, ele vai expor suas obras pela primeira vez em uma individual. Aqui, dividiu a galeria com artistas na Divisão de Artes Plásticas (DaP) da UEL.
                “Vim para cá em 2013 para fazer o mestrado, que deve  terminar agora no final do ano”, conta Monteiro, que vai expor na renomada Casa de Cultura Mario Quintana, no centro de Porto Alegre. O artista venceu um edital estadual pelo qual vai realizar seis exposições. A dele será do dia 16 de junho a 18 de julho.
   As obras de Monteiro – 10 desenhos pequenos, médios e grandes e quatro livros de artistas  - estarão na galeria Augusto Meyer. Os livros de artistas não são novidade. Ele já fez experiência em Londrina na DaP . “Mas, na DaP fiz em tamanho menor. Esses agora são livros maiores”conta. Objetos que ele próprio  confeccionou, preparando e costurando as páginas.

   Pigmentos

   A pintura é feita de matéria orgânica, além de alguns  pigmentos  extraído de flores. “Uso em extrato que tiro das flores. Coloco a flor na água. São flores que recolho da casa dos  meus pais em Cambé. Deixo as flores  dentro de bacias, de molho, e aí vou renovando a água. As flores soltam uma água que fica amarronzada. E uso esse material como pigmento”. A ideia é utilizar um material bacana para pintar e relembrar a vida no Paraná. “ Tem uma referência ao lugar da casa dos meus pais”.

   Aquarela

  
O artista gosta de usar aquarela. Faz isso nos quadros e nos livros que ele próprio costura. “Algumas páginas têm flores e terra coladas. Em outros colei sementes em páginas transparentes. “Parece até óbvio, mas a primeira individual tem uma importância especial. “Vários artistas conseguem expor individualmente, mais cedo do  que eu. Mas a exposição vem em boa hora, porque tenho a oportunidade de expor um conjunto bom de trabalho num corpo mais consistentes. ( FÁBIO LUPORINI 
fabiol@jornaldelondrina.com.br  página 17, espaço Cultura, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 14 de junho de 2015).

   INTERVENÇÃO
                                              

   Artistas de Londrina são convidados para expor em Assis
 
A arte produzida em Londrina foi convidada para ser exposta em Assis, interior  de SP. Mais uma vez. Daqui foram três artistas plásticos e o chefe da Divisão de Artes Plásticas  (DaP) da UEL, Danillo Villa. Todos estão na segunda edição da mostra O LIXO , que teve início no dia 3 de junho e vai até o dia 27, no Memorial Rezende Barbosa.
   A convite da organização, Danillo Villa foi o curador da exposição  O desenho como impureza ou o risco visível, além de ter realizado a intervenção Cabeça. São duas coisas diferentes e independentes entre si. “Esta é a segunda mostra e me convidaram para organizar a exposição.  A  primeira vez viemos expor em 2012 e trouxe a artista Camila Melara. Fizemos exposições e oficina s através do trabalho dela. Desta  vez, pediram para (também) fazer uma intervenção”, explica Villa.
   O destaque é para Adolfo Emanuel (Londrina), Mariana Lachner (Rolândia) e Monique Brandão (Assis), oss dois primeiros formados e e a última ainda formanda em Artes Visuais pela UEL. “Eles levaram vários trabalhos,  principalmente desenhos”.
   Adolfo, por exemplo, desenhou um tubarão em tamanho natural, além de utilizar outros elementos. Monique preferiu dar às formas de pássaros o autorretrato. Já Mariane fez marcas no papel, entendo o trabalho como uma expansão do próprio corpo.    De acordo com Ricardo Abussafy organizador da mostra, o convite a Danillo Villa surgiu pelo trabalho realizado em 2012. “Em 2012 fizemos a primeira edição da mostra, convidamos a artista plástica Camila Melara. De Londrina, e o Danillo foi nosso contato. Conhecíamos o trabalho dele, ele se formou em Assis e nessa edição fizemos uma proposta maior “, conta. Além das artes plásticas, a mostra O Lixo  tem trabalhos e projetos em fotografia, teatro, cinema, teatro de rua, oficinas e dança.


   Intervenção    

  
O trabalho rendeu uma intervenção, originada de um trabalho de uma reflexão e de uma narrativa criada. A ideia é desenhar uma cabeça, completada com outras  partes feita por outros artistas.
   Entretanto, antes de serem estampadas nas paredes do memorial, uma oficina ajudou a criar narrativas tornando essas cabeças personagens. “É como se fossem personagens que estão nas ruas protegendo a noite, figuras abandonadas. Isso tem a ver com a temática da mostra O Lixo, de coisas que abandonamos, não prestamos atenção”, diz Danillo Villa. ( Fábio Luporini,  

 página 17, publicação do JORNAL DE LONDRINA, domingo, 14 de junho de 2015).

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