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sábado, 20 de junho de 2015

DEZ ESSES CATIVANTES



   1. Simplicidade. As pessoas simples nos cativam. Sentimo-nos bem com os simples. Jesus fez questão de ser e viver na simplicidade. São João 23 aconselhava: “Não complicar o que é simples, mas simplificar o que é complicado”. 
   2. Sobriedade. Esta é a virtude do bom-senso,  do desapego, da liberdade diante das coisas. Ser sóbrio é evitar o excesso, o exagero, o supérfluo. A sobriedade protege nossa saúde, nossa paz, nossa felicidade.  Quem é sóbrio é livre, é sábio, é sadio, é servidor.
   3. Sorriso. O sorriso abre mil portas, perfuma o ambiente onde estamos, inspira alegria e facilita a comunicação. O sorriso é o principal passo do amor, do perdão, da aceitação do outro. Sorrir é um jeito de resolver problemas, evitar dramatizações, proteger a saúde.
    4. Sinceridade. As pessoas sinceras granjeiam nossa confiança e admiração. A sinceridade possibilita o diálogo e protege a convivência. Para sermos sinceros devemos ser verdadeiros. Portanto, a sinceridade requer autenticidade, coerência, transparência.
   5. Silêncio. No silêncio conversamos com Deus, ouvimos os outros e acolhemos a voz da nossa consciência. O silêncio é a pátria da palavra e da profecia. O silêncio é a casa da revelação. É a janela que se abre para a realidade. O silêncio fala e traz soluções. Silenciar é um ato de justiça conosco, com os outros, com Deus.
   6. Simpatia.  Ela torna a vida mais leve,  suave,  prazerosa. A simpatia é um dom de  relacionamento  que atrai, provoca a comunicação,  abre as portas do coração. A simpatia nos encoraja, anima e motiva. É abertura para o outro, acolhimento do diferente, interação das pessoas.
   7. Serviço. Servir é colocar-se à disposição dos outros com generosidade e gratuidade. E uma das atitudes mais nobres do ser humano. Serviço tem o nome de altruísmo, voluntariedade, fraternidade. Quem se abre para servir, eleva-se até Deus e cativa os outros.
   8. Sensibilidade.  É  um dom de atenção, carinho e cuidado dos outros. A sensibilidade se antecipa na solução dos problemas, dá sempre o primeiro passo, vai ao encontro, toma iniciativa, resolve situações difíceis.
   9. Sabedoria. Consiste em dar sabor a tudo que fazemos.  A raiz da palavra sabedoria é sabor. Dar sabor ao saber, ao fazer, ao ser. Rezar com sabor, trabalhar com sabor, servir com sabor. Sabedoria não é erudição, inteligência, quociente elevado, mas é saber viver bem, ser bom, fazer o bem, ter bom-senso, ser prático. Que o homem sábio não se torne demente.
   10. Sacrifício. É o mesmo que doação de si, oblação e entrega, dedicação  e dádiva de si mesmo. Todo sacrifício traz grandes bens e grandes alegrias. O sacrifício é amargo no início e doce no final. Quem se poupa não cresce, não amadurece e  a muitos entristece. Já o sacrifício é um ato de amor, um ato martirial, ato vital e positivo.
   A reflexão sobre os dez “s” cativantes pode ser muito útil tanto pessoalmente quanto socialmente. Ajuda a aprimorar a convivência humana na família, na comunidade, na sociedade, visto que o mundo racional técnico, matemático sacrifica as emoções, os sentimentos, os afetos. Chegou a hora da revolução da ternura. Com a emoção e a ternura vamos ao mais profundo do coração humano. O coração tem razões que a mente desconhece. ( Texto escrito por DOM ORLANDO BRANDES, arcebispo de Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sábado, 20 de junho de 2015).

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