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quarta-feira, 24 de junho de 2015

FESTA DE CASAMENTO



   Enquanto nos arrumávamos para uma cerimônia de casamento, minha mulher veio pronta diante de mim e perguntou se estava bonita. Como se houvesse alternativa para a resposta, disse-lhe que sim, estava linda.  E para mim. De fato, estava. Minha  esposa é realmente ua mulher linda.
   Claro que se eu apontasse algum defeito com o arranjo, o problema passaria a ser eu mesmo e não o arranjo. E a noite estaria acabada antes mesmo de começar. Portanto, alternando a formação das respostas, o melhor é olhar com atenção e ser positivo, mesmo que o pensamento esteja no atraso para sair de casa. Importante também demonstrar sinceridade e conhecimento sobre o assunto.
   Verificar se o cabelo está penteado, se todos os 300 botões estão fechados, se já calçou os sapatos de salto alto, se a manicure realmente passou esmalte nas unhas, se há maquiagem, brincos e se está perfumada. Nem é tão difícil.  Ah!  Fazer um comentário ressaltando que duas coisas estão combinando entre si. Funciona.
   Pois chegamos (atrasados) ao casamento. Ao cumprimento de cada amiga, seguia aquele olhar de aproximadamente 3 segundos. Inevitável. Do cabelo aos pés. Um olhar duramente crítico, seguido de um sorriso e o veredicto: “Amiga, você está linda!” E a resposta: “Você também, amiga! Onde você... ? E aí eu já não conseguia mais entender...
   Enquanto isso, os homens também falavam das roupas femininas, mas a partir de outro tipo de abordagem.
    A etiqueta diz que, quando não estejam todas com a mesma roupa, as madrinhas devem usar  vestidos um pouco mais bonitos que as demais convidadas. Acho que é por isso que há um desfile antes de a noiva entrar na igreja.
   E quando é a vez da noiva aparecer, melhor esquecer qualquer tipo de interação para não ser completamente ignorado. Um vestido branco, com rendas, um véu gigante, brilhos e um buquê na mão. E elas conseguem ver variações.
   Os homens! Todos usavam terno, calças e camisas, pelo que pude reparar. Na verdade, só me chamavam atenção os ternos que não eram pretos ou azuis e as gravatas estampadas.
   Em determinado momento da festa, enquanto havia música e bebida, olhei para minha mulher, por um momento sem que ela reparasse. Meu Deus, como ela estava linda... ( Texto escrito por WILLIAN GALLERA GARCIA, analista judiciário em Londrina, página 3, FOLHA 2, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 24 de junho de 2015).

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