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quarta-feira, 22 de abril de 2015

SHOPPINGS FATURAM R$ 6,5 BILHÕES NO PARANÁ

          



          Segundo Abrasce, setor investirá no País em 2015 aproximadamente R$ 16 bilhões; no Estado recursos somarão R$ 1,2 bilhão até 2016
   Curitiba – Os 31 shoppings paranaenses faturaram no ano passado R$ 6,5 bilhões, ou seja, 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que em 2014 ficou em aproximadamente R$ 308,9 bilhões. Em Curitiba, a participação dos malls na economia da cidade também é significativa, com as vendas no ano passado totalizando R$ 2,8 bilhões – em 2012 o PIB da capital foi de R$ 59,1 bilhões. Tomando  ainda como referência 2014, as vendas em shoppings de todo o Brasil ficou em R$ 143 bilhões. Para a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) o setor vai muito bem, apesar dos percalços da economia nacional. O presidente da entidade, Glauco Humai, lembrou que o setor investirá no País, em 2015, aproximadamente R$ 16 bilhões, enquanto no Paraná, até 2016, o investimento será de R$ 1,2 bilhões  Nenhum setor da economia investe tanto quanto a gente”, afirmou.
   Humai participou em Curitiba, na última quinta-feira, do Forum Regional Sul da Abrasce, reunindo empreendedores e representantes de estabelecimentos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de alguns administradores de São Paulo. A proposta da entidade é compartilhar experiências e colocar em discussão temas de interesse do setor. A associação elegeu 16 coordenadores regionais para  facilitar a aproximação da entidade e seus associados. No Paraná, o representante eleito por dois anos é Luiz Roberto Lacombe, do Shopping Pátio Batel, de Curitiba.
   O Paraná tem uma participação importante no setor de shoppings, comentou o presidente da Abrasce. Ele lembrou que há espaço no Estado para mais empreendimentos. São 31 malls, sendo 14 em Curitiba e 17 no interior.  Humai, que nasceu no município de Arapongas e conhece bem a realidade do Estado, observa que a exemplo do País, por aqui também a tendência é a interiorização desses grandes centros de compras. Oito cidades paranaenses contam com shoppings: Curitiba, São José dos Pinhas, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Apucarana. Até 2017, três novos centros deverão ser inaugurados. O segundo mall em Cascavel e os primeiros em Umuarama e Guarapuava.  A partir de 2017 há previsão para início  da construção de mais três shoppings em Curitiba. Direta e indiretamente, o setor emprega hoje, no Estado, 120 mil pessoas.
   O Paraná tem 399 município e somente 2% têm shoppings. Somando os empreendimentos paranaenses, a  Área Bruta Locável  (ABL) é de 695.825, resultando em um índice de 6,2 (divisão entre ABL por 100 mil habitantes). Um  pouco acima da média nacional ( 5,3), mas ficando abaixo de outros estados brasileiros , como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Geris e Rio Grande do Sul.  Nos Estados Unidos, o índice sobe para 221 e no México, para 17. “O Brasil tem ainda muito espaço e o Paraná também “, analisou. Segundo a Abrasce, o País atrai interesse de grandes grupos internacionais, como o americano Simon, que  possui mais de 10 mil centros espalhados pelo mundo , mas nenhum por aqui.
                               Paixão Nacional
   Curitiba – “O brasileiro ama shopping”, comentou Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Os 524 empreendimentos brasileiros recebem 431 milhões de visitantes por mês. São cinco bilhões de pessoas por ano. No Paraná, o número de pessoas que passam por mês pelos 31 centros  associados à Abrasce fica em torno de 17,5 milhões, bem superior à população total do Estado , estimada em 11 milhões. Em Curitiba, a quantidade de pessoas que visitam mensalmente os malls (7,6 milhões  é três vezes maior que a  sua população (1,8 milhão). Uma curiosidade: pesquisa da Abrasce mostrou que somente 37% dos brasileiros vão ao shopping de carro. A maioria (63%) utiliza para se deslocar ônibus e trem ou  segue a pé.
   A Abrasce representa empreendimentos com mais de cinco mil metros quadrados, que contam com uma administração centralizada,  lojas locadas e estacionamento proporcional ao tamanho da área de compra. Ainda segundo pesquisa da entidade, 60% das pessoas não  vão aos shoppings com o objetivo de comprar, reforçando que a tendência atual é levar para dentro dos malls serviço, lazer, entretenimento e boa gastronomia. “As pessoas acabam comprando porque têm experiências bacanas, estão em um ambiente agradável. Se sentem seguras, estão felizes e acabam comprando. Você tem exposição de artes, feiras de literatura, o São Paulo Fashion Week acontecendo dentro de um shopping, Tem parque de diversões, teatro, cinema”, cita. Segundo  Humai, 88% dos cinemas brasileiros estão dentro de malls. Teatros e alto gastronomia também começam  a migrar para esses estabelecimentos. “O shopping está se transformando em um entertainment Center”, resume. (A,D.C.

                     BUROCRACIA AFETA O SETOR


    Curitiba – Uma das principais dificuldades para o crescimento do setor de shoppings no Brasil é a burocracia. O licenciamento para a construção de um empreendimento desses pode demorar entre três a quatro anos. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shoipping  Centers  (Abrasce)mostra que na cidade de São Paulo, pra se obter licença de construção   de um shopping é preciso passar por 39 órgãos, entre municipais, estaduais e federais. Na opinião de Glauco Humai , presidente da Abrasce, a situação não [e diferente em outros municípios.
   Humai lembra que em todo o Brasil tramitam cerca de 1.600 projetos de Lei afetando negativamente o setor. Na Câmara Municipal de Curitiba, segundo ele, são 17 projetos. “Os temas são os mais variados, mas o mais comum é o estacionamento, proibindo cobrança ou aumentando o período que as pessoas têm para entrar ou sair sem pagar”, explica. “Não concordamos com isso porque é algo da iniciativa privada, gerido pela iniciativa privada e é uma prestação de serviço ao consumidor. Tem custos de limpeza, de segurança, manutenção e impostos. A gente paga IPTU pelo espaço de estacionamento. Nós somos contra qualquer iniciativa que venha  ferir nosso  negócio”. (A.D.C.)  ( Caderno FOLHA  ECONOMIA & NEGÕCIOS, página 3, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 21 de abril de 2015).

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