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quarta-feira, 8 de abril de 2015

PRESOS PASSAM EM VESTIBULAR E VÃO PARA AS SALAS DE AULA


               Onze detentos, dos regimes fechados, semiaberto e provisório, passaram, por exemplo, na última seleção da UEL, e quatro já freqüentam os cursos.
   Por meio do estudo, detentos do regime fechado, semiaberto e provisório tentam se reinserir na sociedade. Um convênio firmado entre a Secretaria de Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) permite que alguns presos façam os vestibulares e, se forem aprovados, os cursos. Até ontem, quatro homens estavam liberados para estudar na instituição. Um outro, provisório, foi desautorizado. Outros seis ainda aguardam autorização da Vara de Execuções Penais(VEP).
   A Defensoria Pública do Paraná (DPPR) proto colou na Justiça de Londrina, em fevereiro passado, 11 pedidos para que os presos aprovados no vestibular possam cursar a graduação neste ano. Eles passaram para os curso de Direito, Letras, Serviço Social e Educação Física. Dos quatro que já foram autorizados, três são da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) 1 e 2. Dois estudam Serviço Social e um, Letras. Todos vão para as aulas com tornozeleiras eletrônicas, com os horários de saída e de chegada pré-determinados.
   “São presos que já cumpriram penas longas, atendem aos requisitos e tiveram os pedidos de estudar aprovados pela VEP”, comentou o diretor da PEL 2, Emerson Chagas. Para passarem no vestibular, contam com cursinhos nas unidades prisionais, com plementou o diretor da PEL 1, Cristiano Ivano.
   Semiaberto
  
O Centro de Ressocialização de Londrina (Creslon), de regime semianerto, tem um número m aior de detentdos fazendo a graduação. Segundo do diretor Reginaldo Peixoto, até ontem um detento que estudava na UEL, no curso de Direito. “Muitos fizeram vestibular, outros o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), alguns estão esperando autorização da VEP, mas já temos sete detentos fazendo graduação. Um deles faz Direito na Faculdade Arthur Thomaz, outro faz Administração na PUC (Pontifí Cia Universidade Católica), outra faz Engenharia da Computação na Unopar e um fa Teologia na Sul Americana”, contou.
   Todos eles vão para as aulas com tornozeleiras eletrônicas. “Eles vão e voltam de ônibus ou até de carro, desde que tenha estacionamento para deixar o veículona volta!, disse Peixoto.
                         “
                          Países que adotaram há mais tempo essa prática (que permite aos               estudarem a graduação) estão fechando estabelecimentos . O sistema da vingança e do calabouço não funciona. .-(José Carlos Mancini Júnior,  coordenador da Comissão de Estabelecimentos prisionais   da OAB de Londrina.
                         Solução
                         OAB insiste na educação e no trabalho
                         Para o ccordenador da Comissão de Estabelecimentos Prisionais da subseção de Londrina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Carlos Mancini Junior, o único caminho para a recuperação dos presos é a educação. “Londrina é a primeira cidade do Brasila ter esse programa (que permite aos presos cursar  uma graduação). Países que adotaram hpa mais tempo essa prática estão fechando estabelecimentos prisionais . O sistema da vingança e do calabouço não funciona”.
                           A comissão da OAB tabalha em projetos para humanizar e criar condições de ressocialização ao detento. Um deles é o Livros da Liberdade, que recebe doações de li vros para as bibliotecas das unidades penitenciárias. Outro projeto prevê levar para dentro das prisões galpões de trabalho para que as empresas possam aproveitar a mão de obra ociosa. Os presos que participarem desta última serão beneficiados coma redução de pena. (
Reportagem de MARCOS CESAR GOUVEA  mgouvea@jornaldelondrina  extraído da  página 7 espaço REINSERÇÃO publicação do JORNAL DE LONDRINA, quarta-feira, 8 de abril de 2015).

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