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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

VEM

             

Vem.
Mas não tragas o pó de outras andanças.
Não me desperte mortas esperanças.
Vem desarmado, solto, livre
Como pássaro, romântico trovador.
Traz-me tua voz, teu canto, teu calor.


Vem fatigado, descansar em novos prados,
Vem faminto, desprotegido, em busca de afeto.
Mas traze em tua mochila punhados de sonhos.
Nos lábios o mel que me adoçará o riso,
nos braços a quentura de muitos sóis
Nos olhos a chama de mil velas.


Vem...
E me olha me toca me abraça.
Ansioso me enlaça, faze-me estremecer.


Vem...
E te entrega por inteiro, no fluir das horas.
Não te inquietes,  não te preocupes em ir embora.
Vive o agora, o momento que breve passa...


Ou então... Não venhas!
Que não te quero parte, metade.
Não te quero migalha...
Quero um amor...  de  verdade!

(Do livro de poemas Veredas da Alma - da poetisa  LEONILDA YVONNETI SPINA. Londrina,2005.



Um comentário:

  1. Leonilda Yvonneti Spina20 de novembro de 2014 às 06:17

    Bom-dia, José Roberto!

    Agradeço-lhe pela gentileza de publicar meu poema.
    Um abraço,

    Leonilda Yvonneti Spina

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