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sábado, 14 de junho de 2014

NOTAS DA COPA


      1 . Confesso que torci contra o Brasil na Copa de 1990. O presidente era Collor e eu era eleitor de Lula. Hoje os dois são aliados incondicionais  e eu me arrependo profundamente de ter de ter votado em Lula, de ter torcido contra a seleção e de ter sido um idiota útil.
     2 . Uma das palavras mais terríveis surgida na língua portuguesa é “ empoderar “. Trata-se de um termo inventado pessoalmente pelo coisa-ruim,  tão repugnante quanto “ estadunidense “. Se encontro uma dessas palavras sem aspas ou  ironia, abandono o texto naquele exato instante. A Copa não deve “empoderar” ninguém.
     3 . Com medo de vaias, a presidente vai à televisão e diz que gastou muito mais com saúde e educação do que com a copa. Sério? Gastou para ter ESTA saúde e ESTA educação? Deveria ter vergonha, Dilma, por favor, deixe a gente torcer pelo Brasil em paz. Já trabalham os até 31 de Maio só pra sustentar o governo.
     4 . Slogan de um partido de extrema-esquerda: “Nenhuma violência entre as torcidas, nenhuma conciliação entre as classes”. Quer dizer: derramamento de sangue em nome da revolução,  tudo bem. Esse é o partido que tentou parar São Paulo politizando a Copa. Assim como Reagan fez com os controladores de vôo americanos nos anos 1980, o governador Alckimim demitiu os baderneiros. Agiu bem. 
       5 . E aí vem o militante e diz: “absurdo”, o salário de Neymar é muito maior que o de um professor!”  Ele não compreendeu que Neymar é muito mais que uma pessoa física: é uma empresa, que gera empregos e renda para milhares e sonhos para milhões.
     6 . Por falar em sonho, deram uma olhada na exposição de David Wang sobre a Copa? Ficou muito bonita.

     7 . Ah, domingo a gente se vê na banca de jornal. Vou com o meu figurinha trocar figurinhas.

( Texto  do escritor PAULO BRIGUET, o paulobriguet@hornaldelondrina.com.br, no espaço DIA DA CRÕNICA, SEXTA-FEIRA,13 DE JUNHO DE 2014 ).          

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