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quinta-feira, 26 de junho de 2014

BLOGS, REDES SOCIAIS E O FUTURO

        Há alguns anos dei uma palestra na então Academia de Letras de Ibiporã, cujo tema abrangia a criação de blogs, aos quais chamei de “as tribunas da livre expressão “,  já que os blogs são um espaço aberto para qualquer blogueiro externar suas opiniões sobre os mais variados assuntos – inclusive política.   
     Os blogs imperavam na rede mundial, chegando a roubar o espaço de sites consagrados, pois podem ser operados com grande facilidade, desde que se domine o ABC elementar da informática.  Muitos dos blogs, especialmente aqueles que criaram leitores fiéis e interessados nos temas expostos, acabaram incorporados em  portais de jornais, revistas ou outras mídias, fazendo aumentar reciprocamente seus respectivos índices de leitura.
     De repente surgiu um novo fenômeno que passou a dividir espaços com blogueiros: são as redes sociais, abertas a qualquer pessoa, mesmo sem o domínio das ferramentas mais sofisticadas que os computadores oferecem. Nas redes sociais, pessoas de todas as idades, graus de  estudo e classes de renda interagem, emitem opiniões, compartilham textos, artigos, fotos e vídeos com extrema agilidade, pouco se importando com os erros de português nem com a qualidade das imagens. Sua interação é tamanha que a maioria  dos blogueiros, ao invés de repudiar essa nova  ferramenta, já também compartilha seus posts , procurando ainda mais aumentar sua “audiência”. A evolução dos telefones celulares, que hoje nem são mais telefones, trouxe ainda mais interação entre as pessoas, que passam o tempo digitando muito mais do  que conversando. São as chamadas amizades virtuais.  
     O mundo da internet evolui rapidamente. Se anos atrás existiam os “profetas” ou “futurólogos” escrevendo páginas e páginas com suas projeções sobre o futuro da internet, hoje poucos se atrevem a adivinhar o que vem pela frente. As lan houses que tiveram um período de apogeu e representavam um negócio altamente lucrativo foram sendo implacavelmente extintas com a chegada das configurações Wi-fi  abertas em bares, restaurantes, shoppings e até em praias e praças públicas. Quem diria?

     Se toda esta evolução tecnológica veio para somar experiências, cultura  e  ensinamentos, ainda é uma incógnita. O que se espera é que o ser humano tire o melhor proveito de cada avanço, cada nova conquista, pois a gente precisa lembrar de que para cada Batman sempre existe,  no mínimo, um Coringa.
( Extraído do Jornal de Londrina, quinta-feira, 26 de junho de 2014, do espaço ponto de vista. Texto de JULIO ERNESTO BAHR,  publicitário, escritor e blogueiro ).       

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