Na esteira de nossa caminhada há
momentos em que a pausa para meditação vêm-nos assim como nossos pensamentos. No
primeiro instante julguei ser o fator
idade cronológica o fio condutor da parada; depois percebi que fazemos a mesma pausa por outra
via. Nela deslizamos como patinadores no
gelo. Planejamos e construímos castelos,
priorizando este e esquecendo aquele, embalados pelo espírito inventivo
da época. Ocasião de exercícios criativos, amparados pelos poderes constituintes
sem o rigor da maioridade, desde que assistidos por uma .pessoa idônea e capaz. Mesmo assim,
já ousamos fazer às escondidas tais experimentos. É quando queremos mudar as
regras vigentes, fazendo valer nosso
ponto de vista. Muito benéfico por sinal. Mostrar outra forma, outro esboço, novas ideias arquitetônicas. Averiguação
posterior é indiscutível, e a aceitação é ponto pacífico de discussão,
onde sugestões, incremento ou adaptação e aportes mais, só acrescentam valor ao
exposto. O medo do desconhecido é
natural. Mas a aprovação do mesmo é um certificado da eficiência do calouro. ´´ É o novo chegando". Também é próprio desta
fase usufruirmos de todas as benesses da natureza: beleza, saúde, vigor, deslumbramento pelas
descobertas, apoio incontestável de
cérebros pensantes, experimentados, vividos, antevendo em nós o foco principal do desejo de todos e de tudo,
afinal... é o futuro quase no presente, já. Aliado aos inúmeros pontos
favoráveis, contamos ainda, com o
conforto e aconchego de nossa casa da doce infância, premiados com os carinhos
e proteção de nossos pais, irmãos, familiares e amiguinhos. Tudo isso e ainda mais, sem nos esquecermos daquela que
nos libera de quase tudo e que é mãe duas vezes,” nossa vovó”. Curiosamente, é
bem raro mencionarmos primeiro o nosso vovô!... Deve ser o lado maternal que
por demonstrar mais seu carinho e quase sempre esconder um pouquinho as nossas
traquinagens nos conquista ainda mais.
Aquelas deliciosas guloseimas ficam registradas para sempre em nossa memória
afetiva!. Há vovôs que não ficam devendo
nada no companheirismo, nas histórias bem ao estilo próprio de vovô. E ambos
moram em nosso DNA sem a menor sombra de dúvidas. Haverá período melhor que a infância e juventude ? É
a fase do sonhar acordado. Época mágica que permeia a juventude de
geração em geração. E a gente nem
percebe o andar do tempo. E como anda rápido!... Quando o nosso coração fala mais por outra pessoa, é “ aí “ que
normalmente nos damos conta de que é chegada
a hora de acordar para a vida atuante e
pôr a mão na massa, guardar no porãozinho de nosso subconsciente, com todo
cuidado e carinho, o uniforme da infância e juventude. Doravante as convenções
da vida se nos impõe, mas propomos e lutamos pela renovação e adequação ao novo tempo do qual pretendemos ser gestores num futuro
não muito distante.
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