O capital humano – conhecimento, habilidades e saúde que as pessoas ao longo de suas vidas – tem sido um fator fundamental por trás do crescimento econômico sustentável e das taxas de redução de pobreza de muitos países no século 20, especialmente no leste asiático. O Brasil, infelizmente, está estagnado em relação a esse índice. No quesito investimento em pessoa, o País está mal colocado em um ranking que tem Singapura em primeiro lugar. Em relatório divulgado recentemente, o Banco Mundial mostra que o ICH (Índice de Capital Humano do Brasil e 56%. Houve pouca evolução de 2012 para cá.
Brasileiros nascidos hoje irão perder 44% do seus ganhos potenciais na vida porque, segundo o Banco Mundial, os governos, atualmente, não estão fazendo investimentos efetivos no seu povo para assegurar uma população saudável, educada e resiliente, pronta para os postos de trabalho do futuro. Essa é a conclusão do Banco Mundial.
O ICH mede a quantidade de capital humano que criança nascida hoje pode esperar atingir aos 18 anos, dados os riscos de saúde e educação deficientes que prevalecem no país onde ela vive, de acordo com a definição do Banco Mundial. O ICH, portanto, reflete a produtividade de uma criança nascida hoje como trabalhador do futuro, comparada com o que seria se ela tivesse saúde total e educação completa e de alta qualidade, em uma escala de zero a um, com 1 sendo a melhor pontuação possível.
Enquanto o País está na 81º posição no ranking de 157 nações na América Latina, Chile lidera a lista, com o ICH de 67¨.
O relatório mostra que o Brasil tem bons resultados na área de saúde – probabilidade de uma criança sobreviver até os cinco anos é de 99% e as taxas de crescimento saudável de crianças até os cinco anos e de sobrevivência de adultos são de 94%. O que está puxando o País para baixo na pesquisa sobre o ICH é a qualidade da educação pública e a alta desistência dos estudantes que chegam no ensino médio e superior.
Como o índice de capital humano está bastante relacionado à produtividade, se o Brasil não enfrentar seriamente os desafios para aumentar o ICH, a longo prazo, os efeitos serão desastrosos. (FONTE: EDITORIAL do dia 12 de novembro de 2018, coluna FOLHA OPINIÃO, segunda-feira, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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