Depois que a Embrapa instalou-se, no final dos anos 1970, a agricultura brasileira deu um grande salto de qualidade tirou o Brasil no atraso nesse setor. De importador, o país converteu-se em um dos celeiros do mundo. Reportagem da revista VEJA, citando informações do Ministério da Agricultura, demonstra que nos idos de 1968 produzimos 1.200 quilos de grãos por alqueire e agora chegamos a 3.750. Foi um crescimento várias vezes maior que no início. O cerrado foi ocupado por plantações, pela implantação da tecnologia em solo ácido, ao tempo em que a Embrapa desenvolvia sementes adequadas àquele bioma. Com o aumento da produção e da produtividade , intensificou-se a exportação de grãos, e também a população bovina foi beneficiada, convertendo o Brasil no maior exportador mundial de proteína animal. A revista se foca na modernidade que já pontifica, como o uso de drones equipados com câmaras e que podem detectar, por exemplo, a presença de ervas daninhas, e com isso os defensivos só são aplicados nesses pontos, sem necessidade de cobrir toda a área plantada.
Mas os avanços estendem também ao uso de maquinaria automatizada, que opera por controle remoto e, nos terrenos planos, dispensa o operador. Inspirada pelo regime militar, a Embrapa é um exemplo e excelência em pesquisa e fornecimento de resultados, e deles se beneficiam as culturas extensivas e também as dos médicos e pequenos produtores. É válido ressaltar, nesse campo, o ufanismo do Brasil que dá certo mesmo com as investidas de coloração ideológica contra o agrotóxico.
Nestes tempo de turbulência política e de desesperança de atitudes cooperadoras dos governos, há uma legião de pesquisadores idealistas que não esmorecem, porque movidos acima de tudo pela consciência profissional. Pude conhecer ( não tão recentemente, mas sei que as coisas não mudaram) o que a Embrapa faz na região do cerrado, demonstrando que não há solo improdutivo com o uso da tecnologia e onde, “em se plantando tudo dá”, como relatou Pero Vaz de Caminha na carta ao Rei.
Mesmo com problemas de infraestrutura ainda por corrigir e com o desencanto ante os frequentes casos de corrupção governamental, os brasileiros patriotas – que formam a maioria – acreditam nas potencialidades deste intenso território pátrio ainda por explorar, e, independente das regalias que contemplam os detentores do poder político, carregam o Brasil nas costas e seguram a barra, e, não contando com a esperada parceria dos governantes – mas apesar deles – marcham em frente, e resolutos. Poucos dias antecedem a eleição do Presidente da República, dos governantes, de senadores e deputados federais e estaduais, então esta é mais uma oportunidade de os cidadãos decidirem que tipo de governantes desejam. (FONTE: Crônica escrita por WALMOR MACCARINI, jornalista, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, 29 e 30 de setembro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA * Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. Os artigos publicados não refletem necessariamente a opinião do jornal. E-mail: opinião@folhadelondrina.com.br
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