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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O AVANÇO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


   A inteligência artificial – já conhecida pela sigla IA – será um bem para a humanidade ou um perigo? Gerará desemprego em massa com os robôs ocupando o lugar dos operários de fábricas e a mão de obra humana em todos os campos da atividade? Se o trabalho se tornará sem dúvida mais leve, o que de eventualmente nocivo essas revolucionárias tecnologias nos reservam? Serão um aceno de fim de mundo? 
   Já é  previsível que nossos netos pequenos não saberão o que será dirigir um automóvel quando adultos, e nunca precisarão tirar uma carteira de habilitação. E os belos, reluzentes e cobiçados carros de hoje se transformarão em sucata, porque o advento do carro automático, sem motorista, nem permitirá que alguém ao volante saia pelas ruas e estradas oferecendo risco de tombar com os automáticos. 
   Basta observar as “velharias” ainda novas que tivemos que colocar de lado, porque já não nos servem. O que fizemos com nossas caríssimas máquinas fotográficas? A poderosa Kodac faliu. Podemos enumerar num relance uma centena de utilitários que já não são úteis para nada. No campo, o computador já move a máquina gigante que, sem o operador manipulando-a, ara a terra, semeia e colhe. Aparelhos já fazem delicadas intervenções cirúrgicas. 
   Em próximos anos, advogados serão substituídos pela informática e talvez só haja alguns notáveis especialistas em direito, encarregados de abastecer o sistema. Em não mais que 20 anos, haverá moradias automatizadas, que gerenciarão todos os serviços domésticos e nos prepararão o café da manhã. Já sabemos que nossos automóveis estacionarão sozinhos na garagem, sairão dela ao apertar de um botão e nos esperarão à porta da casa.
   O próprio Elon Musk, mega empreendedor da Testa (a dos carros revolucionários), alerta que a robótica pode adquirir inteligência sobre-humana e voltar-se contra as pessoas que a criam. A IA poderá desenvolver o que quiser, ao seu bel prazer, e produzir outras máquinas como filhos que nascessem delas. Vaticina-se que elas poderão ler os pensamentos humanos, e ao menos não haverá mais mentiras. A empresa EarthNow, financiada por Bill Gates, pensa em colocar em órbitas satélites capazes de filmar tudo que os habitantes da Terra estejam fazendo, e então a palavra privacidade desaparecerá de nosso vocabulário. 
   De sua vez, o cientista norte-americano Sam Harris diz que a inteligência artificial poderá gerar guerras pelo domínio de tais tecnologias , e isto não é fato novo na história da humanidade, porque ocorre desde que os primatas usaram a primeira borduna contra seus adversários... e quando os cientistas aperfeiçoaram a bomba atômica e a experimentaram, ao preço de cidades destruídas e de milhares de mortos. 
   Ou talvez não haja conflito algum por causa desses avanços tecnológicos, porque eles nunca deixaram de acontecer, e a cada novidade fantástica – como o advento do avião, das viagens espaciais, do computador de bolso, da nanotecnologia -, embora a cada evento os humanos mais desconectados e catastrofistas tenham exclamado “aonde iremos chegar?!” Ou quem sabe nosso mundo já esteja em conexão com tecnologias dos coirmãos mais inteligentes do Cosmo, talvez por haver chegado a hora de um grande salto da humanidade terrena, não só tecnológico mais também de consciência e de percepção extrassensorial. Ilações aparentemente mirabolantes, mas não para muitos que já devem estar sintonizados e de prontidão em nosso meio. (FONTE: Texto escrito por WALMOR MACCARINI, jornalista, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, sexta-feira, 24 de agosto de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). * Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. Os artigos publicados não refletem necessariamente a opinião do jornal. E-mail: opinião@folhadelondrina.com.br

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