Páginas

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

REJEIÇÃO A VACINAS E A VOLTA DE DOENÇAS ERRADICADAS


   O Brasil, assim como outros países, tem visto crescer com a ajuda das redes sociais os chamados movimentos antivacinais. Esse crescimento acontece com a propagação dos supostos malefícios das vacinas e um fato recente colocou mais combustível na polêmica. Foi a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que pessoas que nunca tenham contraído dengue evitem tomar a vacina Dengvaxia. Mas é um fato pontual. Não se pode usar a recomendação da Anvisa para desinformar a população. Tanto que autoridades em saúde púbica alertam que o resultado da rejeição às vacinas é o retorno de doenças já erradicadas e o número significativo de casos de doenças controladas. O Ministério da Saúde considera que o movimento contrário à vacinação ainda é pequeno no Brasil, ao contrário de outras regiões como a Europa ou os Estados Unidos. De acordo com a pasta, não existem evidências de que esses grupos influenciem diretamente a cobertura vacinal no país. Porém, o ministério adverte que se os pais ou responsáveis pararem de vacinar suas crianças e adolescentes, doenças eliminadas ou erradicadas podem retornar. Hoje não há tantos casos graves de doenças que antigamente eram as maiores causas de internação pediátrica, como varicela, caxumba, rubéola e sarampo. Sem falar na erradicação de poliomielite. É fato que a descoberta da vacina foi um impacto na saúde pública, salvando milhares de pessoas, como lembrou a coordenadora do Comitê de Imunizações da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Lessandra Michelin, em recente entrevista à FOLHA. Ela ressaltou que muitos casos de complicações são atribuídos injustamente às vacinas e constatou que essa rejeição se deve ao mau uso das redes sociais. Deixar de vacinar os filhos é uma decisão extremamente delicada que precisa ser baseada em informações sérias e científicas. Infelizmente, nas redes sociais, qualquer pessoa se torna especialista e acaba arrastando com ela uma multidão de seguidores. É a perigosa desinformação. O ideal é buscar informações sempre em fontes confiáveis. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira, 18 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).              

Nenhum comentário:

Postar um comentário