Os acordos de leniência firmados pelo MPF (Ministério Público Federal) com empresas investigadas em casos de corrupção vão devolver aos cofres públicos cerca de R$ 24 bilhões. O número faz parte de balanço da PGR (PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA) divulgado nesta segunda-feira (4) em evento para homenagear o Dia Internacional de Combate à Corrupção. O balanço mostrou que foram firmados 18 acordos de leniência, que pode ser entendido como um tipo de delação premiada firmado por empresas. Só a J&F concordou em pagar R$ 10,3 bilhões. A delação premiada vem desempenhando um papel importante no combate à corrupção, mesmo que alvo de muitas críticas. No âmbito da Lava Jato, contando apenas os processos em tramitação no SPF (Supremo Tribunal Federal), foram 200 delações premiadas. O número sobe par 293 quando considerados os acordos firmados pela PGR junto ao STF e os firmados pelo MPF (Ministério Público Federal) na justiça de primeira instância. A procuradora geral da República, Raquel Dodge, participou da solenidade em que o estudo foi divulgado e, na oportunidade, assegurou o compromisso em fortalecer o trabalho de combate á corrupção dentro do MPF e garantiu que o MP vai continuar a usar instrumentos como delação premiada, forças-tarefa e execução da pena após a segunda instância. São instrumentos prioritários nessa luta grandiosa contra a corrupção e a impunidade. Dodge lembrou que a corrupção enfraquece o compromisso do Estado em servir corretamente a população. É um crime que faz o imposto subir e a qualidade dos serviços caírem. Exigir dos corruptos a reparação dos danos que eles causaram é uma medida básica. A corrupção não pode valer a pena para quem a pratica e combatê-la não deve ser apenas atribuição dos órgãos de controle, mas também da sociedade. O dinheiro público tem de chegar ao povo através d escolas, creches, universidades, hospital, infraestrutura, teatros e tantos outros serviços e projetos que melhorem a qualidade de vida da população. (OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 5 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário