A Organização Mundial da Saúde instituiu o 1º de dezembro como Dia Mundial de Luta Contra a Aids em 1988, quando a epidemia tomava proporções assustadoras em todo o mundo e a ideia da Organização das Nações Unidas era justamente reforçar a solidariedade, a compreensão com as pessoas infectadas com o vírus HIV e principalmente a esperança. Do final daquela década até hoje, muita coisa mudou e uma doença que antes era recebida como uma sentença de morte e de solidão atualmente se mostra controlada, desde que o paciente siga o tratamento médico adequado. O Brasil sempre foi referência no atendimento aos portadores do HIV/Aids. Este ano, o país quer chamar mais atenção para o tema e sensibilizar os brasileiros a fazer o teste que detecta a presença do vírus no organismo, tanto que o Senado aprovou uma lei, a 13.504, criando o Dezembro vermelho. Ao longo do mês, serão realizadas várias ações e mobilizações para o enfrentamento da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis. O laço vermelho, símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a doença, não é novidade, mas tem um significado muito importante, sendo usado desde a década de 1990. Em 2017, uma notícia que ganha impulso em vários países é recebia também com muito otimismo no Brasil. Pesquisas científicas vêm mostrando que pessoas que vivem com HIV, mas que estão com carga viral indetectável, não transmitem o vírus sexualmente. Isso significa que casais sorodiferentes, quando uma pessoa tem HIV e outra não, podem até abrir mão do preservativo, para ter filhos de maneira natural, sem que haja transmissão do vírus. Essa informação é a base de apoio de uma campanha internacional, chamada Undetectabe=Untransmitable (Indetectável=Intransmissível), que ganha atenção entre a população. A novidade é tema de reportagem feita de forma integrada pela Folha de Londrina e o Portal Bonde e publicada nesta sexta(1). A campanha é polêmica, tanto que o Ministério da Saúde não encampou publicamente a ideia do Indectável=Intransmissível e médicos londrinenses divergem em considerar ou não essas pesquisas na orientação de seus pacientes. O fundamental é conversar sobre a aids, buscar informações, incentivar as pessoas a fazerem o teste e, se for o caso, a começarem o tratamento o mais rápido possível. A atitude é tão importante quanto a prevenção. (FONTE: OPINIÃO opiniaofolhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 1 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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