Falhas em hospitais são a segunda causa de mortes no País, conforme apontou o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, da UFMG (Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais). Segundo o estudo, erros de dosagem ou medicamento, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar vitimaram 302.610 pessoas nos hospitais públicos e privados do Brasil em 2016. São cerca de 800 mortes registradas no ano passado. Número maior que a soma de acidentes de trânsito, homicídios, latrocínio e câncer. Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária indicam a morte de aproximadamente 129 brasileiros por acidentes de trânsito a cada dia: o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra cerca de 164 mortes violentas – por h homicídios e latrocínio, entre outros – por dia; e, o câncer mata de 480 a 520 brasileiros por dia, segundo o Instituto Nacional de Câncer. Somente as doenças cardiovasculares, consideradas a principal causa de falecimento no mundo, matam mais pessoas no Brasil: são 950 brasileiros por dia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. As falhas ocorridas nos hospitais brasileiros também custam caro para o país. Conforme o anuário, esses eventos adversos resultaram em gastos adicionais de R$ 10,9 bilhões no ano passado. O estudo apontou que os incidentes também podem gerar sequelas que comprometem a vida do paciente. De acordo com a pesquisa, dos 19,1 milhões de brasileiros internados no último ano em hospitais, cerca de 1,4 milhão foi vítima de falhas. Os principais prejudicados são os bebês com menos de 28 dias de vida e idosos acima de 60 anos. O anuário foi bastante criticado por representantes de hospitais e outras entidades. Mas é evidente que o país precisa evoluir em critérios como as notificações de incidentes e qualidade de serviço prestado. Esforços na rede pública e privada são necessários para aumentar a qualidade do atendimento, principalmente com rigor o cumprimento de protocolos e padrões de qualidade e segurança, assim como investir mais na formação dos profissionais de saúde e melhorar as condições de trabalho nesses estabelecimentos. (FONTE: OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, sexta-feira, 24 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário