Um evento climático importante, como o ocorrido no dia 20 de novembro deste ano em Londrina, reforça a fragilidade da cidade quando a questão são árvores urbanas. Muitas não resistiram aos ventos fortes, que atingiram 148 quilômetros por hora no bairro Aeroporto, e tombaram atingindo automóveis, casas e postes. E a maioria delas era saudável, segundo informou a Sema (Secretaria Municipal do Ambiente). Tempestades são frequentes no verão e a situação não é novidade. Uma reclamação comum entre moradores de bairros atingidos que solicitações para erradicar plantas antigas já haviam sido feitas à prefeitura. Há uma fila de espera de sete mil protocolos pedindo avaliação de condições de árvores e a previsão da Sema é que pelo menos 30% serão eliminadas. A secretaria está na fase de sistematizar as informações mapeando as plantas até mesmo para saber como tem sido feita a manutenção delas. Não é um trabalho fácil, pois Londrina tem agualmente 150 mil árvores no ambiente urbano, sem considerar as espécies de fundos de vale e outras áreas naturais. Há muitas razões para os cidadãos pedirem a erradicação das árvores e os principais motivos são o risco de queda, mas danos na calçada, entupimento de calhas, encobrimento de fachadas comerciais e sujeira causada pelas folhas. Para a Sema, a substituição de árvores só é justificada quando a espécie não é adequada para arborização urbana ou se está atrapalhando alguma obra de engenharia. No caso de doenças, é realmente melhor tratar a planta ao invés de radicar e, por isso, é interessante pensar nas espécies mais adequadas para a área urbana antes do plantio e também seguir as recomendações da secretaria, evitando cimentar perto do tronco ou cortar a raiz, ações comuns que acabam gerando instabilidade e tornando a planta uma forte candidata a tombar durante as chuvas muito fortes. As árvores caem com mais frequência porque o plantio nas ruas é feito de maneira inadequada, assim como a manutenção. As consequências foram vistas na semana passada, traduzidas em prejuízo, cenas de destruição e caos. (OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 30 de novembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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