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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

LER E NÃO COMPREENDER

Mais da metade das crianças que estão no 3º ano do ensino fundamental da rede pública não apresenta nível de leitura e matemática suficientes. A constatação vem de uma pesquisa, a ANA ( Avaliação Nacional de Alfabetização), realizada com 2 milhões de crianças – a maioria com 8 anos – em novembro de 2016. Em escrita, mais de um terço dos alunos estão defasados. A prévia dos resultados da pesquisa foi divulgada quarta-feira (25) pelo MEC (Ministério da Educação). A prova avalia conhecimentos em leitura, escrita e matemática. O estudo apontou uma estagnação em leitura, quando comparados com o ano de 2014. Se em 2016, 55% dos alunos estavam em níveis insuficientes de leitura, em 2014, era de 56%. Em matemática, passou de 57% para 54% o percentual de crianças com desempenho inadequado. Segunda a escala de prova em leitura, mas da metade dos alunos não teriam a competência de localizar uma informação explícita, situada no meio ou no final do texto, em gêneros como lenda e cantiga folclórica. O MEC divide os resultados de desempenho dos alunos em leitura em quatro níveis: (elementar, básico, adequado e desejável), sendo os dois primeiros considerados pelo MEC como insuficientes e os dois últimos, suficientes. O melhor patamar “desejável” foi alcançado somente por 13% dos alunos, índice um pouco melhor do que em 2014, de 11%. É claro que essa média nacional não reflete as desigualdades regionais. Mais de um terço dos alunos do Norte e Nordeste, por exemplo, ficaram posicionados no nível considerado elementar. Na região sul, são 12%. Somente oito Estados têm menos da metade dos alunos em níveis insuficientes. É com preocupação que a sociedade deve receber as conclusões da avaliação do MEC, levando em consideração a importância da leitura para o desenvolvimento das crianças. Aquelas que leem têm um conhecimento melhor do mundo e do ambiente em que vivem e conseguem melhor desempenho nas outras disciplinas estudadas na escola. Ler é uma habilidade que fará a diferença para melhor em toda a vida do cidadão e um hábito que deve ser incentivado pelas famílias e escolas. (OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira. 26 de outubro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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