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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

OS 11 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA



   A Lei Maria da Penha completa 11 anos neste 7 de agosto e, embora os avanços estão ocorrendo, há muitas falhas ainda na rede de atendimento às vítimas de violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha representa um grande marco de proteção às mulheres. A violência doméstica é um problema sério no Brasil e não é caracterizada apenas por agressões físicas. A violência psicológica também é uma realidade. Analisando o recorte da rede de atendimento às vítimas, que começa com uma Delegacia da Mulher bem estruturada, há muito o que fazer. Principalmente porque falhas nesse atendimento fazem com que muitas desistam de formalizar o boletim de ocorrência. No Paraná, existe, ao todo, 20 delegacias especializadas, sendo que em sete delas os delegados acumulam a coordenação de outras unidades. Trata-se das unidades de Maringá, Cascavel, Guarapuava, Pato Branco, Cornélio Procópio, Campo Mourão e Jacarezinho. Delegados e sindicatos que representam a categoria dizem que falta pessoal. Em entrevista à reportagem da FOLHA, nesta segunda-feira (7), a delegada titular da Coordenadoria da Delegacia da Mulher no Paraná, Márcia Rejane Vieira Marcondes, diz que a contratação de novos servidores para trabalhar nessas unidades já está solicitada. Ela assumiu o cargo há dois meses e deu início a uma série de visitas que pretende fazer em todas as unidades especializadas. A intenção é verificar as demandas na estrutura física e no quadro de funcionários. Além do atendimento na área de segurança, as vítimas precisam de um acompanhamento social, de saúde e educacional. Em 2016, foram registrados na Delegacia da Mulher de Londrina 2.250 boletins de ocorrência. No mesmo período, foram abertos 518 inquéritos policiais e foram concluídos 569 inquéritos. A Lei Maria da Penha ajudou na conscientização desse problema histórico que é a relação de poder desigual entre homens e mulheres. Mas a violência de gênero continua no Brasil e em muitos países, independentemente da classe social, cultura, grau de escolaridade e idade. É fundamental divulgar essa importante lei. O silêncio das vítimas e da sociedade contribui para aumentar a violência e a impunidade. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 7 de agosto de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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