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quinta-feira, 1 de junho de 2017

O CUSTO DO TABAGISMO


   O consumo de cigarros e outros derivados custa R$ 59,6 bilhões em despesas médicas no Brasil. Deste total, R$ 39,4 bilhões são com custos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos, decorrentes da perda de produtividade, provocadas por morte prematura ou por incapacitação de trabalhadores. Os dados fazem parte de uma pesquisa que pela primeira vez aborda o custo do tabaco para o país. O estudo “Carga de Doenças e Custos Econômicos Atribuíveis ao Uso do Tabaco no Brasil”, realizado pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), foi lançado nesta quarta-feira, (31), Dia Mundial Sem Tabaco. Quando se fala em vidas, o estudo traz também números muito altos: o tabagismo foi responsável por 156.216 morte no Brasil em 2015. A maior parte desses óbitos aconteceu por doenças cardíacas. A pesquisa é bem completa e faz comparações importantes. Observando a arrecadação total de impostos pela União e Estados, com a venda de cigarros, os pesquisadores chegaram ao total de R$ 12, 9 bilhões. Quando se compara os gastos da saúde com impostos chega-se a uma diferença de R$ 44 bilhões. Ou seja, a arrecadação é muito menor do que os gastos com tratamento médico. As doenças relacionadas ao tabaco que mais oneraram o sistema público e privado no Brasil em 2015 foi, em primeiro lugar, doença pulmonar obstrutiva crônica DPOC, principalmente enfisema e asma (R$ 16 bilhões). Em segundo lugar vem doenças cardíacas (R$ 10,3 bilhões). As políticas de combate ao tabagismo , que vêm sendo implantadas no Brasil nos últimos anos, estão ajudando a diminuir o consumo. Por isso, é necessário mantê-las e aperfeiçoá-las. O tabagismo é uma causa de morte evitável. E, como em muitos casos de saúde pública, a conscientização dos riscos é a melhor arma. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 1 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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