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segunda-feira, 5 de junho de 2017

ECONOMIA NOSSA DE CADA DIA


   NÚMEROS POSITIVOS DA ECONOMIA TRAZ ALGUM ALENTO AO PAÍS
   O campo é o grande responsável pelas boas notícias pelas boas notícias da semana passada, queda da inflação dos alimentos, aumento do PIB e superávit na balança comercial. 

   A CESTA BÁSICA NACIONAL 
   Este conjunto de produtos, também chamado de Ração Essencial Mínima, é composto por treze itens de gêneros alimentícios e é utilizado nacionalmente como referência para o levantamento de preços buscando identificar a inflação dos alimentos para as classes sociais de pequena renda. 

   EM LONDRINA CAIU 5,6%
   Realizada mensalmente pelo Grupo de Pesquisas em Análises Econômcas da UTFPR – campus Londrina, o levantamento do preço da cesta básica nacional em Londrina mostrou significativa redução na comparação com o mês de abril, em especial pela queda do preço da banana, do tomate e da batata. 

   NA COMPARAÇÃO COM OUTROS PERÍODOS
   Quando comparado com o preço do mesmo mês do ano passado, o valor da cesta básica no mês de maio também mostrou redução, neste caso de 7,42% e desde o início do ano a redução foi de 4,1%. 

   MAS NÃO SÓ EM LONDRINA
   Em todo o Brasil, os produtos que compõem a cesta básica nacional, têm apresentado comportamento de preços que ajudam a manter o poder de compra dos salários.
   Além disso, a grande safra agrícola que temos neste ano também ajuda a reduzir os preços nos demais produtos agropecuários e são enorme propulsor da indústria de transformação voltada para o setor.

   INFLAÇÃO E QUEDA NA TAXA BÁSICA DE JUROS
   E foi com base nos indicadores da inflação que o Comitê de Política Monetária (COPOM) pode tomar a decisão pela redução em mais um ponto percentual na tsxa básica de juros.
   Como escrevemos na semana passada, fundamentalmente dois pontos são considerados nesta decisão: o risco país, que foi elevado em razão das denúncias da JBS, e a taxa de inflação do período, essa em queda. 
No frigir dos ovos, a decisão do Comitê foi por uma redução menor do que a que se esperava antes da crise, mas em linha com o pensamento da grande maioria dos economistas, deixando a SELIC a 10,25% até o próximo período de análise que acontece nos dias 25 e 26 de julho. 

   SÃO URGENTES AS REFORMAS ESTRUTURAIS
   É de observar, no entanto, que reformas estruturais precisam ser aprovadas pelo Congresso, confirmando para o setor produtivo que a queda de juros continuará na descendência, agora pela diminuição do risco país. 
   Se o Brasil não conseguir provar que é capaz de pagar suas dívidas, ou ao menos fazer com que elas cresçam em um ritmo significativamente menor, não há dúvidas de que a necessidade de financiamento da dívida pública provocará uma necessidade de elevação da taxa de juros de maneira a tornar aceitável o risco para quem emprestar dinheiro para o governo.

   E TEM QUE SER PARA ONTEM
   O crescimento alardeado de 1% no primeiro semestre do ano só foi possível graças a um crescimento de 13,4% da agropecuária, visto que a indústria contribuiu com menos 0,9%, e o setor de serviços permaneceu zerado. 
   Mas se comparado o PIB deste primeiro tri mestre com o primeiro trimestre de 2016, ele caiu 0,4% e no acumulado dos quatro últimos trimestres terminados em março a queda é de 2,3%. Portanto, muito pouco a se comemorar. 


   QUEM PRECISA DE EMPREGO TEM PRESSA
   E a razão da taxa de desemprego ter aumentado mesmo com o crescimento do PIB é porque tal crescimento é absolutamente insuficiente para absorver o contingente de novos entrantes no mercado de trabalho. 
   Portanto, quem torce por um Brasil melhor não pode se deixar iludir com retóricas que não considerem a necessidade premente de reduzir o atual nível de endividamento do Estado. (Crônica de MARCOS J. G. RAMBALDUCCI, professor doutor da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e consultor econômico da Acil economianossa@folhadelondrina.com.br, FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS coluna ECONOMIA NOSSA DE CADA DIA, página 4, segunda-feira, 5 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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