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segunda-feira, 15 de maio de 2017

O PODER DAS CLASSES MAIS RICAS


   Com a aceleração econômica a partir de 2006 e depois, com a crise agrícola em 2015, os brasileiros se acostumaram a ouvir as análises da situação financeira das famílias brasileiras a partir das classes sociais. É por elas que se divide a sociedade em critérios de renda, acesso aos bens de consumo, entre outros fatores. Assim como virou rotina falar da ascensão da classe C/D no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, depois anos para cá surgem as análises mostrando que a população mais pobre está perdendo suas conquistas financeiras, principalmente as classes D/E. É o que retrata o estudo IPC Maps, divulgado pela IPC Marketing Editora, na semana passada. No caso de Londrina, a pesquisa mostra uma cidade bastante desigual. Enquanto os domicílios classificados como classe A são apenas 3% do total em Londrina, mas respondem por 13% de tudo que será consumido na cidade em 2017. Na outra ponta, os mais pobres, das classes D/E, são 15,7%, mas terão apenas 5,1% do consumo. O estudo IPC Maps mostra uma londrina bastante desigual. Os 5.864 domicílios da classe A vão gastar 1,9 bilhão neste ano. Ou seja, cada família terá um consumo médio de R$ 330 mil. Já os 30.757 das classes D/E gastarão apenas R$ 763,7 milhões, ou R$ 24,8 mil por família. A classe B, com 58,4 mil domicílios (30% do total) , vai gastar 6,8 bilhões, ou R$ 116,6 por família. E a classe C, aquela que foi considerada como a nova “classe média” motor da economia nos anos Lula, conta com 100,9 mil domicílios, ou 51% do total, e gastará 5,4 bilhões, apenas R$ 53,6 mil por domicílio. A pesquisa pretende aponta como será o gasto das famílias brasileiras em 22 itens. As despesas mais básicas têm um peso proporcional muito maior sobre os mais pobres.. Principalmente alimentação, medicamentos e transportes. Há o receio de ousar nos gastos. Diante da crise econômica e do rombo no orçamento por conta do endividamento, foi preciso mudar o comportamento. No total, os londrinenses que vivem na zona urbana vão consumir R$ 14,9 bilhões e os da zona rural, R$ 185,529 milhões, um total de R$ 15,1 bilhões O estudo confirma a tendência nacional que já vinha se desenhando e em Londrina não será diferente: dessa vez será a classe B que puxará o consumo. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 15 de maio de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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