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terça-feira, 2 de maio de 2017

COMO ESTAMOS CUIDANDO DA NOSSA HISTÓRIA?


   O aniversário de 60 anos da Concha Acústica neste dia 1º nos motiva a refletir como estamos cuidando da história da nossa cidade. Encomendada então pelo prefeito de Londrina, Antônio Fernandes Sobrinho, a obra é símbolo de resistência no centro de Londrina. Além de toda importância história e cultural – já que continua sendo o principal palco de manifestações populares no município-, a Concha Acústica se destaca também pelo seu projeto estrutural. 
   Em tempo onde algumas obras públicas nem sempre resistem às intempéries climáticas, a Concha segue firme e enche de orgulho o engenheiro estrutural José Augusto Queiroz, responsável pelo projeto. “Todas as vezes que me perguntam sobre essa história, eu tenho que chorar”, disse ele à reportagem da FOLHA. O profissional conta ter sido o projeto mais desafiador da vida dele e que foi necessário contratar mão de obra na Itália para fazer as formas da concha. 
   O resultado é uma obra inovadora ainda nos dias atuais e que enche de orgulho também os londrinenses. Vários deles relataram à reportagem o quanto valorizam esse patrimônio da cidade. Na prática, porém, a Concha Acústica sofre com o abandono, assim como outros pontos – a exemplo do bosque – no centro da cidade. No dia a dia, o local, muitas vezes, é palco para usuários de droga e para a prática de furtos. A população do seu entorno não se sente segura. A ideia da Secretaria Municipal de Cultura de preparar uma agenda de manifestações culturais para que a população passe a “usar” a Cocha Acústica durante o ano inteiro é uma saída para que se comece a “revitalizar” o espaço. E os exemplos de descaso com a história de Londrina não para por aí. Um deles envolve a locomotiva manobreira La Meuse 101, que está há quase duas décadas abandonada e só agora poderá passar por restauração. Uma equipe de alunos e professores locais foi formada recentemente para elaborar um levantamento da peça ferroviária que permaneceu no pátio do Pronto Atendimento Infantil (PAI) desde 1998, quando chegou a Londrina, e carrega várias marcas de vandalismo. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 2 de maio de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).    

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