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segunda-feira, 1 de maio de 2017

A RECUPERAÇÃO A PARTIR DO CAMPO


   O setor de máquinas agrícolas já voltou à normalidade com crescimento importante na produção. Segundo a Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abmaq), apesar da quebra da safra 2015/2016, o crescimento foi de 12%. E no primeiro trimestre de 2017 avançou mais 15% na comparação com o mesmo período de 2016. São as boas perspectivas que vêm do campo. Reportagem desta segunda-feira (1) da Folha de Londrina mostra que no varejo, as empresas que vendem tratores e colheitadeiras estão otimistas. Uma concessionária de Londrina estima crescimento entre 20% e 30% no primeiro trimestre. É sinal que o produtor rural está mais confiante na economia e na política. Sem essa confiança, o empresário para de investir, como aconteceu nos últimos dois anos. A presença de linhas de crédito é essencial para movimentar o setor. Um dos comerciantes ouvidos pela reportagem lembrou que 98% das vendas de máquinas em sua loja foram feitas pela Finame, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os juros são ainda considerados interessantes: 8,5% ao ano para clientes que faturam até R$ 90 milhões e 10,5% para os maiores. Segundo o BNDES, o Finame teve aprovação de 32% de janeiro a março na comparação com o mesmo período de 2016. Percebe-se que a melhora da economia brasileira, tão esperada para 2017, está começando pelo campo, como já era esperado. A projeção de uma supersafra de 227 milhões de toneladas para este ano, 22% a mais que a anterior, é um fôlego e tanto. E deve representar uma injeção de ânimo para outros setores como sinais ainda tímidos de recuperação. O agronegócio tem uma expressiva representação na economia do Brasil. Representa grande fatia no Produto Interno Bruto, cria empregos e conta com expressiva representação nas exportações. É um negócio que irriga o País inteiro, marcando presença em toda a economia nacional. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 1 de maio de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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