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terça-feira, 21 de março de 2017

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS


   A escola deveria ser um local de paz, onde educação, ética e cidadania estivessem presentes a todo o momento. Mas não é o que está acontecendo em muitas salas de aula espalhadas pelo Brasil. No ano de 2015, mais de 22,6 mil professores foram ameaçados por estudantes e mais de 4,7 mil sofreram atentados à vida nas escolas em que lecionam. Os dados fazem parte do questionário da Prova Brasil 2015, aplicado a diretores, alunos e professores de 5º e 9º ano do ensino fundamental em todo o território nacional. No Paraná, o problema também preocupa. Naquele ano, 1,2 mil professores registraram que foram ameaçados e 213 docentes disseram ter sofrido atentado contra a vida. E a violência não está caracterizada apenas de alunos para professores, mas também entre os estudantes. Tanto que 183,9 mil professores entrevistados em vários estados contaram que presenciaram agressão física ou verbal entre estudantes. Mais de 2,3 mil professores afirmaram que estudantes frequentaram as aulas com armas de fogo e mais de 12 mil disseram que havia alunos com armas brancas, como facas e canivetes. Treze mil professores denunciaram que deram aulas para alunos jovens que fizeram uso de bebida alcoólica e 29,7 mil observaram que seus alunos tinham utilizado drogas antes de irem para a escola. Há um cenário de violência é muitos dos conflitos vêm de fora do colégio, um reflexo da comunidade. E não é apenas a violência física que preocupa, mas também a psicológica, que muitas vezes vem na forma de bullying, ofensas, intimidação ou manifestações de preconceito. Cultivar a cultura da paz é um desafio diário para os educadores. Envolve também iniciativas de inclusão social e ações que coloquem a escola inserida na comunidade, além de um trabalho que estimule a convivência de grupos diferentes e incentive a negociação e a tolerância. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 21 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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