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quinta-feira, 9 de março de 2017

QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR


   A divulgação de indicadores de avaliação da qualidade do ensino sempre provoca polêmica. É natural que seja assim, pois uma das principais preocupações do brasileiro é justamente com a educação. Nesta quinta-feira (9), a Folha de Londrina traz dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) , que trazem um no o panorama da educação superior no País. Os dados, correspondentes ao ano de 2015, mostram que 11,3% dos cursos de Ciências Sociais e Humanas e Tecnológicos – área escolhidas para esta edição da avaliação – tiveram resultados insatisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (COC). No Paraná, o índice é um pouco menor. Do total de 610 cursos avaliados, 9,1% ficaram com notas 1 e 2 na escala que varia de 1 a 5. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) avalia o desempenho de estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), além de corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e demais itens. O estudo mostra ainda que nos últimos anos o número de cursos Tecnológios e de Ciências Sociais e Humanas que não conseguiram atingir nota 3, o valor mínimo aceitável, se manteve estável. No Brasil, apenas 1,2% dos cursos conseguiram atingir a nota 5. No Paraná, apenas cinco cursos atingiram a nota máxima. Já considerando apenas a nota do Enade, o estudo mostra que um e cada quatro cursos oferecidos em instituições públicas de ensino superior obteve uma classificação insatisfatória nas provas aplicadas em 2015. Os cursos receberam pontuações nos níveis 1 e 2, de uma escala que vai até 5. Tiveram indicador 5, o maior, o equivalente a 8,9% dos cursos públicos avaliados. O Paraná está melhor colocado, pois esse índice ficou em 13%. O Enade é feito a partir de análise de duas provas aplicadas para alunos de cursos das áreas que estão sob avaliação. O panorama não é alarmante. O problema é que não houve progresso. Em 2012, último ano em que mesmas áreas de graduação foram avaliadas, 12% dos cursos conseguiram conceito insatisfatório. Um resultado bem semelhante ao de 2015. Mais do que uma ação punitiva, este tipo de avaliação de qualidade devem apontar as situações que precisam ser melhoradas para que a partir daí sejam tomadas medidas que representem melhoria contínua. Se o avanço esperado não acontece, é sinal que as ações precisam ser revistas. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 9 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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