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segunda-feira, 13 de março de 2017

HORA DA RETOMADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL


   Em 2015, no auge da crise econômica, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) anunciava que esperava uma retomada do mercado da construção civil no País apenas para 2017. Dois anos depois, tudo indica que a previsão vem se confirmando. Após um 2016 com estoques elevados, juros altos, poucos lançamentos e consumidores desconfiados, o cenário em Londrina está diferente. O número de lançamentos de empreendimentos é um termômetro importante. Se no ano passado foram dois, a expectativa para este ano é que aconteçam 10 lançamentos – cinco vezes mais em comparação ao período anterior. O levantamento foi feito pela Folha de Londrina junto ao Sindicato da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Norte-PR). Três construtoras ouvidas pela Folha relatam melhor movimentação dos clientes nas centrais de venda. A taxa básica de juros (Selic) em queda dá confiança às empresas e também para quem pensa em comprar ou trocar de imóvel. Com juros mais baratos, o trabalhador começa a ter coragem para contratar um financiamento e o setor imobiliário torna-se mais atraente para os investidores. Soma-se a isso o fato dos estoques de imóveis terem caído consideravelmente em Londrina e região. Com a esperança do aquecimento gradual da economia, ninguém quer arriscar chegar em 2020, por exemplo, sem produto para comercializar. Outro indicativo de mudança de cenário é o comportamento das construtoras e imobiliárias na hora da negociação. Se na época do “aperto” havia mais abertura para descontos e aceitava-se imóveis de menor valor e automóveis, a tendência é que isso vá diminuindo. O aumento no nível de otimismo ajuda a criar um ambiente bem mais favorável à construção civil. E o mais importante é que se trata de um segmento com grande capacidade de impactar várias cadeias produtivas e gerar muitos empregos. Parar de cair, sair da estagnação e começar a crescer são sinais importantes. Quando a construção civil vai bem, a economia agradece. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 13 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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