A VITÓRIA DE UMA PARA-ATLETA

Tecka Santos : "Nunca imaginei que um dia seria atleta"

   Tecka Santos superou dificuldades e já venceu muitos campeonatos mundiais

   Natural de Caixas, no Maranhão, a atual para-atleta Tecka santos sofreu uma amputação no braço esquerdo quando tinha 7 anos após um acidente durante uma brincadeira com a prima. Antes de virar atleta teve uma vida difícil: vendia banana e cheiro-verde na rua quando criança e, já na vida adulta, vendia marmitas. Mas foi em 2011 que viu sua vida mudar. Por meio de um amigo, Terezinha de Jesus Correia dos Santos (seu nome de registro) foi apresentada ao para-desporto e escolheu Londrina para viver e treinar. Deixou o futebol amador de lado, adotou Tecka Santos como nome de guerra e abraçou a ideia. Nos anos seguintes vencer diversos campeonatos mundiais e, na última edição das Paraolimpíadas, no Rio de Janeiro, a atleta conquistou a medalha de bronze nos 100 metros categoria T47.

   O que você mais gostava de fazer na escola quando criança?

   De brincar com meus coleguinhas. 

   Qual a melhor lembrança desse período de escola?

   Havia um professor que eu gostava muito. 

   Havia algumas matérias que gostava mais? E qual era a que gostava menos?

   Gostava de História e Ciências. Não gostava de Matemática. 

   O que você gostava de comer na hora do recreio?

   Pastel com Dindinho, um suquinho da época.

   Você já ficou de castigo ou levou bronca do professor alguma vez? Como foi?

   Sim, muitas vezes. Ficava de frente para a parede até a professora falar que podia sair. Todos ficavam rindo. 

   Suas notas eram boas? Qual a disciplina que ia melhor? 

   Em algumas, sim, como Ciências, História e Religião. 

   Como começou no esporte?

   Comecei em 2009, por meio de um amigo. 

Já gostava de esporte quando criança?

Não suportava esporte. 

Quando criança imaginava que teria uma profissão?     Nunca imaginei que um dia seria atleta. (MARIAN TRIGUEIROS – REPORTAGEM LOCAL, página 4, FOLHA CIDADANIA, coluna NO MEU TEMPO DE ESCOLA, terça-feira, 14 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).