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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O LONGO CAMINHO PARA VENCER O ANALFABETISMO

   Apesar do avanço das políticas de aprendizagem, o analfabetismo atingiu em 2015 o número de 758 milhões de adultos em todo o mundo. No Brasil, são 13 milhões de pessoas que não saber ler ou escrever uma frase simples, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E no Paraná são 495 mil adultos analfabetos. 
   As informações foram divulgadas recentemente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por meio do 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos (Gralle III). 
   Vencer o analfabetismo é mais difícil do que pensavam os 144 países signatários do Marco de Ação de Belém, assinado em 2009 no Brasil. As nações que assinaram o acordo pretendiam alcançar 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de adultos até 2015, dentro da Meta da Educação para Todos. 
   A proposta era melhorar a aprendizagem e a educação de adultos em cinco áreas: políticas, governança, financiamento, participação e qualidade. É claro que a maioria dos países relataram progressos, mas uma solução para o problema está longe de ser alcançada. Para a Unesco é preciso principalmente reduzir a desigualdade de gênero. 
   Segundo a pesquisa, a maioria dos excluídos da escola é formada por mulheres. Quase 10% (9,7%) das meninas de todo o planeta não estão estudando. Entre o sexo masculino, o índice é de 8,3%. O estudo revela ainda que 63% dos adultos com baixas habilidades de alfabetização são mulheres. 
   Os 13 milhões de analfabetos brasileiros correspondem a 8,3% da população maior que 15 anos. A taxa era de 11% em 2004 e a meta da ONU para o Brasil era chegar em 2015 com 6,5% da população adulta iletrada. 
   Os problemas da educação no Brasil se arrastam há décadas. O analfabetismo é um deles, assim como a evasão escolar no ensino médio. Sem falar nos baixos índices de qualidade, que a cada divulgação de ranking internacional causa grande constrangimento. 
   O analfabetismo não permite que o cidadão cresça cultural e economicamente, agravando ainda mais o quadra de desigualdade social. A educação é fundamental para que mulheres e homens possam ter acesso ao crescimento, à dignidade e consigam garantir os seus direitos. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).   

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