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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A OPORTUNIDADE PARA OS JOVENS EM CONFLITO COM A LEI


   A reinserção social e o resgate dos adolescentes que vivem uma vida de crime e violência é um desafio para a sociedade. Mas algumas experiências têm mostrado que o caminho para a recuperação dos jovens em conflito com a lei pode ser por meio de trabalho, tanto que algumas empresas brasileiras estão se conscientizando para a importância de contratar como aprendiz também aqueles que cumprem algum tipo de medida socioeducativa. Em reportagem, hoje, a FOLHA traz exemplos de empresas que estão ajudando essas pessoas a traçarem um novo destino. A mudança de vida começa com um curso profissionalizante oferecido pelo governo do Estado. Há oportunidade de ter aulas para trabalhar como chapeiro e na manutenção de computadores, por exemplo. As contratações dos aprendizes são feitas por meio da lei federal que obriga empresas de médio e grande porte a darem oportunidade a jovens com idade entre 14 e 23 anos. A legislação não obriga a contratação específica dos que foram apreendidos, isso depende dos empregadores se sensibilizarem para a proposta – o Paraná já tem um lei que obriga órgãos públicos do Estado a fazer esse tipo de contratação. Em todo o Paraná, 1.019 jovens cumprem medidas socioeducativas em liberdade e nas 27 unidades de internação e de semiliberdade. Em Londrina, 110 estão nos Centros de Socieducação (Cense). As duas casas de semiliberdade instaladas na cidade abrigam 18 rapazes e dois deles trabalham como aprendizes. Os jovens que cumprem medida socioeducativa recebem remuneração de meio salário mínimo regional e o contrato tem a duração de um ano e quatro meses. O trabalho, a atenção recebida e o aprendizado favorecem mudanças de comportamento. As experiências mostram resultados positivos, apesar dos relatos de rejeição por parte de colegas de trabalho. As dificuldades de convivência certamente aparecerão, mas a medida é muito saudável tanto para o adolescente quanto para o empregador, que tem a oportunidade de dar o primeiro passo para a realização de um experiência transformadora e positiva na vida de um jovem. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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