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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

DENGUE CONTIMUA COMO UMA AMEAÇA À VIDA


   A avaliação dos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, o Liraa, é uma ação preventiva realizada pela pelos órgãos de Saúde a cada mês. Assim ocorre com o trabalho de conscientização das pessoas que são alertadas para o cuidado na prevenção ou na destruição dos criadouros – que também é muito intenso por parte desses órgãos e consome boa soma de dinheiro. A informação não é nenhuma novidade, mas o que preocupa é que, apesar dessa mobilização, a presença do mosquito transmissor da dengue é sempre crescente, variando apenas a localização, o bairro, a cidade, o período do ano.
   O levantamento trazido hoje por esta FOLHA coloca Londrina, e algumas cidades da região, mais uma vez em situação de alerta, muito próxima de uma epidemia da doença. Outro dado importante é que a maior parte dos criadouros identificados nesta pesquisa estava nos quintais das casas (73%). O que indica que não estamos fazendo o nosso dever, não estamos cuidando da nossa família. Não adianta jogar a culpa no vizinho, a prevenção, a eliminação do mosquito só ocorrerá se todos, independentemente de raça, cor, escolaridade, situação econômica, fizerem a sua parte. Também não é responsabilidade exclusiva dos governos que, neste caso, têm comprido o seu papel. 
   O mosquito não sai escolhendo a quem irá picar e, consequentemente, quem poderá contaminar com a doença. Onde está ele ataca. Onde permitem põe seus ovos e aumenta assustadoramente a sua presença em nosso meio. Outro agravante é que o Aedes tem se tornado ainda mais perigoso, pois não carrega somente os vetores da dengue. Traz com ele outras doenças mais sérias e mortais, como zica vírus, febre chikungunya, e agora a febre amarela, que já fez dezenas de vitimas em Minas Gerais. Vale lembrar que diante da proximidade e da mobilidade de pessoas entre os dois Estados, chegada no Paraná desse vírus poderá ocorrer brevemente. Toda casa e todo quintal sem o devido cuidado são potenciais criadouros do Aedes. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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