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sábado, 17 de dezembro de 2016

SAIR DO DISCURSO PARA A PRÁTICA

   O Brasil assumiu um compromisso ousado na Conferência do Clima (COP-22) realizada no mês passado em Marrakesh, no Marrocos. O País tem a meta ambiciosa de reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, em relação aos níveis de 2005. E tem mais: aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética para aproximadamente 18%, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como aumentar em 45% a participação de enérgicas na composição da matriz energética nos próximos 14 anos. O encontro no Marrocos foi destinado para discutir meios de colocar em prática o Acordo de Paris, firmado na COP-21, em 2015. Cumprir o objetivo assumido não é impossível, mas vai exigir um trabalho conjunto buscando conscientização não só de governo e empresários, mas também da sociedade civil. O mundo libera por ano 36 bilhões de toneladas de CO2 e o Brasil é o sétimo no ranking das emissões, liderado por China e Estados Unidos. No Paraná, a agropecuária é responsável pela maior parte das emissões de gases com efeito estufa (38%), seguida por transportes (30%) e indústrias (22%). É muito importante que as nações pensem em como realizar a transição para uma economia de baixo-carbono. Cento e noventa e cinco países participaram da COP-22 e assinaram o Acordo de Paris. O fato dele ter entrado em vigor menos de um ano depois, mostra que a preocupação com mudanças climáticas é geral. Lembrando que o Protocolo de Kyoto, de 1997, foi um marco, mas não conseguir cumprir os objetivos estabelecidos de redução de missão de gases poluentes. Talvez porque entre a assinatura do protocolo e sua aplicação, houve um período de sete anos. Os efeitos do aquecimento global não estão distantes e as consequências já chegaram. Basta observar a instabilidade do clima, com longos períodos de estiagem e episódios de chuvas em excesso. Em relação ao Acordo de Paris, é necessário sair do discurso para a prática. É preciso empenho de todos os segmentos da sociedade e também disposição e recursos para fiscalizar o cumprimento das metas.  OPINIÃO, página 2, 17 e 18 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).. (

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