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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

OS 40 ANOS DO CALÇADÃO


   Importante espaço de convivência dos londrinenses completa 40 anos em 2017. O Calçadão de Londrina, projetado em 1976 e executado no ano seguinte, foi uma grande iniciativa de “humanização” do centro da cidade e de organização viária. Nesta edição, a Folha de Londrina relembra história desse cartão postal do município, idealizado pelo então prefeito José Richa, que se inspirou na experiência positiva da Rua XV de Novembro, em Curitiba, fechada em 1972 para circulação exclusiva de pedestres. Tanto que o projeto de reurbanização do centro foi encomendado ao arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que projetou o calçadão curitibano. A reforma foi executada na gestão do ex-prefeito Antonio Belinati. Como tudo o que é novo, o Calçadão na Avenida Paraná também enfrentou resistência no início, principalmente dos comerciantes das imediações, que temiam perder clientes por falta de estacionamento próximo. Mas a rejeição foi vencida com facilidade. Os moradores da cidade movimentaram o lugar, aceitando o novo espaço de compra e lazer. E nestes 40 anos, mesmo com o surgimento de outros pontos de compra e convivência, como os shoppings, o Calçadão não perdeu sua importância. Ainda neste fim de ano, como vem acontecendo desde o final da década de 1970, o local reuniu consumidores, artistas, artesãos, ambulantes e muitas pessoas que gostam de passear pelo centro. Mas hoje em dia é menor o número de pessoas que vão ao Calçadão da Avenida Paraná simplesmente pelo prazer de passear. Tanto que a professora de Arquitetura e Urbanismo, Thamine Ayoub alerta para a necessidade do poder público promover ações que tornem o espaço mais atrativo. O local sofreu várias intervenções nestas quatro décadas, algumas delas, infelizmente, descaracterizando o primeiro projeto, que trazia placas de cimento colorido com ilustrações de ramos, flores e grãos de café. Preservar o patrimônio histórico de Londrina é sinal de respeito à identidade cultural da população, valorizando o passado e projetando ações que têm como objetivo melhorar a qualidade de vida dos seus moradores. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 27 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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