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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ATUALIZAÇÃO DO IPTU


   A gestão do próximo prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, deve começar no ano que vem com uma discussão polêmica: a revisão da Planta Genérica de Valores (PGV), documento oficial que estipula quanto custa o metro quadrado de cada ponto do município, utilizada na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Este imposto corresponde a 1% do valor venal do imóvel com construção e varia de 3% a 7% quando não há edificação. A PGV não sofre atualização desde 2001, quando o então prefeito Nedson Micheletti fez uma alteração que representou aumento de até 20% para grande parte dos contribuintes, enquanto imóveis não edificados sofreram as maiores correções, até 500%. Depois disso, o ex-prefeito Barbosa Neto tentou atualizar os valores, assim como o atual prefeito Alexandre Kireeff. Mas os dois tiveram dificuldades para fazer o projeto tramitar na Câmara. O resultado desse hiato de 15 anos é que o IPTU londrinense está defasado e injusto. Mesmo com a tabela sendo corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a cidade passa por uma situação de injustiça fiscal. Pois muitas regiões sofreram com grande valorização imobiliária, como a Gleba Palhano, cujo valor do metro quadrado, R$ 65,18, é o mesmo que o do Conjunto Maria Cecília, bairro da zona norte – região que tem um dos metros quadrados mais caros da planta de valores. Especialistas em mercado imobiliário ouvidos pela Folha de Londrina acreditam que na média, os valores utilizados para o cálculo do imposto estão 70% abaixo do valor do mercado. A atualização da planta não é uma medida popular e não é uma tarefa simples, mas precisa ser feita o mais rápido possível. Ela vai ajudar o município a planejar os investimentos em áreas importantes como saúde, educação e infraestrutura. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira. 14 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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