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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PARANÁ NO RANKING DAS NOVAS EMPRESAS


   Duas notícias chamaram atenção ontem para a economia paranaense. Em audiência realizada na Assembleia Legislativa, o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, fez a prestação de contas referentes ao segundo quadrimestre de 2016, informando que o Estado fechou o período com um superávit orçamentário de R$ 570,93 milhões. Depois de promover uma série de ajustes nos últimos dois anos, o governo conseguiu reequilibrar as contas. De janeiro a agosto foram arrecadados R$ 28 bilhões e gastos R$ 27,48 bilhões. No entanto, o fechamento no “azul” não possibilita a manutenção do acordo para pagamento da data-base dos servidores públicos em Janeiro de 2017. Segundo afirmou o secretário, a sobra não seria o suficiente para garantir o 13º salário do funcionalismo e mais a data-base. Na reunião com os deputados estaduais, Costa explicou que a prioridade é o pagamento das promoções e progressões, que irão consumir recursos na ordem de R$ R$ 1,4 bilhão. A outra notícia diz respeito à criação de empresas. O Paraná foi o quarto Estado do País que mais criou empresas entre janeiro e julho de 2016. Foram abertas no período 77.284 empreendimentos, o que representou um incremento de 1,4% em relação a 2015. Mesmo sendo inferior a media nacional, que cresceu 1,8%, os números são bem animadores. Os dados foram apontados pelo Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, que contabilizou 1.199.373 novas empresas criadas em todo o território nacional nos primeiros sete meses de 2016 e foi considerado o melhor número registrado pela série histórica desde 2010. São Paulo lidera o ranking com 336.413 novos empreendimentos, na segunda posição está Minas Gerais, com 132.209 e o Rio de janeiro aparece depois com 129.297. Todos os tipos de empreendimentos são levados em conta na pesquisa. Dois fatores desempenharam forte influência nos índices apontados pelo Serasa. Em primeiro lugar está o fato de muitas microempresas terem sido criadas por assalariados que buscam uma nova fonte de renda após terem sido demitidos. Em segundo, a desburocratização do processo de abertura de empresas, tanto no âmbito federal quanto estadual. Esse cenário evidencia o dinamismo do mercado, que pode ter encolhido com a crise, mas que continua se reposicionando e buscando espaços para crescer. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quinta-feira. 6 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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