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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

JOGAR A CULPA EM OUTROS É PRÓPRIO DOS COVARDES


   Conta a lenda que, prestes a assumir o comando do Partido Comunista da União Soviética, em 1964, Leonid Brejnev recebeu três envelopes de seu antecessor, Nikita Kurschev. A recomendação era de que um envelope fosse aberto a cada crise que viesse. 
   Algum tempo depois da posse, lá veio uma crise. Brejnev abriu o primeiro envelope. O conteúdo trazia a seguinte mensagem: “Ponha a culpa em mim.”
   Mais alguns anos, e chegou mais uma crise.        Brejnev abriu o segundo envelope herdado de Kruschev, em que leu: “Ponha a culpa em mim de novo.” 
   Outra crise não demorou a chegar, e Brejnev mais uma vez lançou mão da sapiência do líder anterior. E o que a última mensagem dizia?
   “Prepare três envelopes.”
   Mesmo sendo atitude desprezível e baixa, pôr a culpa em alguém é prática corriqueira no mundo político e no ambiente do crime – organizado ou não.
   Mas a vida corporativa requer ética para que seja longeva. A regra é: “Não se preocupe com quem você elogia. Mas cuidados sobre quem você atira a culpa.”
   Você e eu podemos cair muitas vezes no percurso da nossa carreira. Mas isso só será um fracasso real e humilhante quando dissermos que outra pessoa nos empurrou.
   Quem erra e dá desculpas acaba de cometer duplo erro. A raposa, arrogante e malvada em todas as fábulas, diz que a armadilha a apanhou, e não sua imprudência.
   Desculpa é fraqueza. Desculpa é recurso negativo, é covardia. 
   O que você faria com a mensagem dos envelopes de Kruschev? 
   Assuma os seus erros. Depois, aprenda a superá-los. Só não dê boas explicações para livrar sua cara. É horroroso. 
   Eu desejo e espero, francamente, que o seu sucessor – seja ele quem for – tenha razões suficientes para se orgulhar de você. E que descubra exemplos com que se inspirar cada vez que souber das suas atitudes, decisões e superações de desafios. (Crônica de ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, segunda-feira, 31 de outubro de 2016, coluna ABHAHAM SHAPIRO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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