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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CÂNCER DE MAMA ATINGE HOMENS


   Doença associada às mulheres também acomete o sexo masculino e precisa de atenção para que o diagnóstico não seja tão radio
   Quando o assunto é câncer de mama, as mulheres são, normalmente, os principais alvos de campanha de prevenção. No entanto, essa doença também acomete os homens. “A incidência entre pessoas do sexo masculino corresponde a 1% de todos os casos registrados. A estima é de cerca de 68.000 casos novos em mulheres para este ano. Já entre os homens serão cerca de 680 casos, o que não é tão raro”, Diz Ricardo Camponero, oncologista da Clinonco (Clínica de Oncologia Médica). 
Para o oncologista Daniel Gimenes. Do CPO (Centro Paulista de Oncologia), o fato de os homens poderem ter câncer de mama ainda é pouco conhecido, o que complica o diagnóstico. “É difícil para eles procurarem um médico por questão de vergonha, já que muitos não imaginam que possam ter a doença. É uma falha não divulgarmos que isso pode acontecer com eles também. “Como entre os homens não há a recomendação da mamografia anual após os 40 anos, a identificação da doença costuma ser tardia. 
   Para evitar que o problema se agrave, a qualquer sinal de alteração na região dos mamilos a indicação é que um médico seja procurado. “O câncer pode se manifestar por meio de uma protuberância, de um inchaço ou de uma dor na região”, enumera José Roberto Piato, coordenador do centro de mama do Hospital Samaritano de São Paulo. 
   Segundo os especialistas, entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença está a idade. No sexo masculino, o câncer costuma aparecer, principalmente entre os 50 e 65 anos. E é gerado, normalmente, por alterações genéticas e hormonais além de uma alimentação rica de gordura e do consumo excessivo do álcool. “A incidência de câncer na família também é, sim, um fator de risco para os homens. E, caso exista algum homem na família que já teve a doença, a mulher deve ficar ainda mais atenta”, explica José Roberto Piata. 
   Caso a doença seja diagnosticada, o tratamento mais comum é a mastectomia. “A remoção da mama, no caso dos homens, tem um impacto emocional bem menor do que na mulher”, explica Caponero. Se o médico julgar necessário, a quimioterapia, a radioterapia e a terapia hormonal também podem ser indicadas no tratamento do paciente. (FONTE: Júlia Couto, REVISTA DA HORA, páginas 24 e 25, SAÚDE, domingo, 30 de outubro de 2016www.agora.com.br) publicação do jornal AGORA, São Paulo.

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