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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO: MAIS UM OBSTÁCULO


   Questões individuais podem travar a desapropriação de áreas ao redor do Aeroporto José Richa, de Londrina. Dos últimos 17 lotes para desapropriar, apenas oito correm de forma amigável, com os proprietários concordando com os valores avaliados pela Prefeitura de Londrina e com a documentação em dia. Dos nove restantes, seis têm algum entrave na documentação. Em outros dois casos, os proprietários contestam a avaliação feita pela administração municipal. Quanto ao último lote, não há acordo com os mais de 20 herdeiros da área. Se prefeitura e proprietário não entrarem em acordo, é possível que atrase ainda mais a instalação do sistema de pouso por instrumento (ILS) e também a ampliação da pista de pouso e decolagem. O José Richa foi construído na década de 1950 e atende hoje cerca de 100 municípios do Norte do Paraná e do Sul de São Paulo. A previsão para a colocação do ILS é ate janeiro de 2019,   segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Já a ampliação da pista seria concluída em janeiro de 2021. A instalação do sistema de pouso é uma reivindicação muito antiga, desde 1990. Mas quase trinta anos depois, pouco se avançou nessa questão do ILS. Essas restrições têm sido um grave limitador para o desenvolvimento da economia do município. O Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), o Paranacidade e a Justiça Federal devem fazer uma força-tarefa para agilizar as tramitações das desapropriações. A compra dos lotes deve custar R$ 11 milhões, mas o dinheiro não pode ser depositado enquanto houver entraves envolvendo a documentação. O aparelho que será instalado em Londrina é da categoria 1, similar ao que foi instalado em Joiville (SC). O sistema é capaz de reduzir de forma importante o fechamento do aeroporto por causa do mau tempo, fato que acontece com frequência e traz prejuízos e aborrecimentos a todos que precisam viajar de avião, partindo ou chegando de Londrina. As desapropriações precisam ser feitas respeitando todos os requisitos previstos na lei, mas é importante que as partes envolvidas cheguem a um acordo o mais rápido possível. Está em discussão uma obra importante que vai beneficiar cerca de dois milhões de cidadãos que moram e trabalham nas cidades atendidas pelo aeroporto. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, quarta-feira, 5 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).     

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